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30 de dezembro de 2019

Retrospectiva Musical 2019

Antes de começar a distribuição dos troféus, é sempre bom lembrar que: 
  1. Não escutei todos os lançamentos de 2019.
  2. O post é sobre o que escutei em 2019 e, por isso, a retrospectiva irá incluir coisas que não foram  lançadas durante o ano. 
  3. Mais uma vez, as categorias estão um pouco diferentes das edições anteriores. Algumas sumiram, outras surgiram e algumas foram modificadas.
Agora podemos prosseguir com a premiação.




Escutei pouco, mas gostei e deveria ter prestigiado mais em 2019: Dedicated (Carly Rae Jepsen, 2019) e Norman Fucking Rockwell! (Lana Del Rey, 2019)
Achei que ia amar, mas foi só ok: No. 6 Collaborations Project (Ed Sheeran, 2019) 
Foi bom enquanto durou: DNA (Backstreet Boys, 2019)


O orgulhinho do ano:
Michael Jackson, seus fãs e seu legado
O reencontro do ano: Ariana Grande
Finalmente entendi o hype: Greta Van Fleet *
A voz do ano: Taylor Swift
A banda do ano: Weezer


Bate-bola das músicas

A primeira música do ano (ritual do shuffle): You Better Run (Liam Gallagher)
A música do ano: Dream a Little Dream of Me (Mickey Thomas)
As good vibes do ano: Cornelia Street (Taylor Swift), Rescue (James Bay) e Adore You (Harry Styles)
A música rockeira do ano: Black Smoke Rising (Greta Van Fleet)
Grata surpresa: Speechless (Naomi Scott); ocean eyes (Billie Eilish); Easy Silence (Dixie Chicks); Blinding Lights (The Weeknd)
Troféu Taylor Swift 2019: The Man
Troféu Michael Jackson 2019: Give In To Me
Completamente ignorada durante anos para só ser realmente apreciada em 2019: Listen To Your Heart (Roxette)


Aqueles que voltaram para aquecer o meu coração: ...Baby One More Time (Britney Spears, 1999), Christina Aguilera (Christina Aguilera, 1999) e Millennium (Backstreet Boys, 1999)

Os melhores álbuns dos anos 80 que só conheci em 2019: True Blue (Madonna, 1986), Into The Fire (Bryan Adams, 1987), Look Sharp! (Roxette, 1988) e Dream a Little Dream Original Soundtrack (1989)

Menção honrosa para álbuns que não se encaixam em nenhuma das categorias anteriores, mas que ouvi e amei bastante em 2019: Into (The Rasmus, 2001), The Rasmus (The Rasmus, 2012), Beauty Behind The Madness (The Weeknd, 2015), Dirty Heads (Dirty Heads, 2016), Pacific Daydream (Weezer, 2017) e Caution (Mariah Carey, 2018)


Top 10 melhores álbuns de 2019:


10 º Romance (Camila Cabello)
9º Super Moon (Dirty Heads)
8º Hapiness Begins (Jonas Brothers)
7º Love + Fear (Marina)
6º Teal Album (Weezer)
5º Fine Line (Harry Styles)
4º Black Album (Weezer)
3º Head Above Water (Avril Lavigne)
2º Lover (Taylor Swift)
1º thank u, next (Ariana Grande)




Observação (01/10/20): enquanto começo a me preparar para as retrospectivas de 2020, lembrei que havia deixado um esboço da minha retrospectiva musical de 2019 salvo na pasta de rascunhos. Já estava tudo pronto e eu só precisava elaborar uns parágrafos como fiz nos anos anteriores. Quase doze meses depois, não lembro mais de muitos detalhes e nem estou com vontade de buscar na memória, então decidi postar assim mesmo, apenas os nomes das músicas, dos artistas e dos álbuns nas categorias em que os havia colocado. Gostei desse formato assim, mais simples. Talvez eu faça da mesma forma esse ano.

* Observação 06/03/25: enquanto estou transferindo alguns dos posts do meu antigo blog para este espaço, aproveito para reler o que escrevi e muitas vezes me surpreender positivamente; mas tem as vezes em que levo um susto. Neste caso, nada, absolutamente nada, me faz compreender o porquê de eu ter colocado Greta Van Fleet na retrospectiva. 



28 de dezembro de 2019

O Apanhador no Campo de Centeio (J.D. Salinger)

O apanhador no campo de centeio, de J.D. Salinger, é considerado um marco na literatura do século XX. Publicado em 1951, quando o autor tinha 32 anos, o livro se destacou por retratar a adolescência de uma maneira diferente da vista até então. Salinger, por meio da narrativa de seu protagonista, foi capaz de captar todas as angústias, os anseios e as incertezas típicas dessa fase da vida em uma época em que isso não era comum. 

Holden Caulfield, um adolescente de 16 anos, inicia sua história em um lugar para o qual foi "pra relaxar um tiquinho" e decide explicar ao leitor os acontecimentos que o levaram a essa situação. Assim, somos conduzidos por uma série de eventos em sua vida desde o momento em que foi expulso pela quarta vez de um colégio interno até o instante em que ele começa a narrativa. E é ao acompanhar o fim de semana de Holden pelas ruas da cidade de Nova York no início dos anos 1950 que o leitor, por meio das reflexões do personagem, é exposto aos temas centrais da obra de Salinger: o fim da infância, a perda da inocência e a transição para a vida adulta - e toda a avalanche de emoções conflitantes, convicções e contradições que surgem durante esse período de mudanças intensas.

Apesar de se manter como um dos livros mais lidos e aclamados ao longo das décadas, O apanhador no campo de centeio é até hoje uma das obras que mais divide opiniões e gera controversas. Isso ocorre, principalmente, por conta do protagonista que, muitas vezes, é enxergado apenas como um adolescente "reclamão". Contudo, um leitor com olhar mais atento e uma sensibilidade mais aguçada, não tarda a perceber que, por meio de sua narrativa ácida e cheia de sarcasmo, Holden - e, consequentemente, Salinger - está tecendo críticas à uma sociedade com valores falidos e marcada pela hipocrisia dos "fajutos", os adultos aos quais ele culpa por esses problemas. Em diversos pontos da história, o protagonista é questionado a respeito do que está fazendo com sua vida e do que espera para seu futuro e, mesmo sendo claro o fato de que ele não sabe e está completamente perdido, Salinger oferece ao leitor uma das respostas mais originais à pergunta e, ao mesmo tempo, nos permite um vislumbre do verdadeiro Holden e de toda a sua vulnerabilidade.

Também intrínseca na narrativa está a questão da saúde mental, muitas vezes negligenciada pelos críticos mais ávidos de Holden Caulfield. Ele não só encontra dificuldade para se adaptar ao fim da infância, mas também está vivendo um período de luto com o qual não sabe lidar. A percepção da morte e a dificuldade de aceitá-la, a desilusão com um mundo pós-guerra, a pressão das responsabilidades da vida adulta e o medo de se tornar um "fajuto" colocam o protagonista à beira de um colapso. E é essa uma das razões para o seu comportamento indignado e incompreendido.

Originalmente publicado para o público adulto, O apanhador no campo de centeio também se tornou popular entre os adolescentes - que muitas vezes se enxergam no protagonista - e se consolidou como um dos maiores clássicos da literatura universal por conta de sua atemporalidade. Um dos maiores destaques do livro está no fato de que ele melhora a cada releitura e, quanto mais velhos ficamos, mais profundos se tornam os seus significados. O livro também pode ser considerado um precursor da literatura YA contemporânea e o legado de Salinger vive em obras de autores como John Green, David Levithan e Stephen Chbosky.





   Esta leitura também faz parte do desafio Rory Gilmore Reading Challenge.

18 de dezembro de 2019

As músicas que (talvez) mais ouvi em 2019


2019 se aproxima do fim e hoje eu venho compartilhar as músicas que embalaram o meu ano. Mais uma vez irei ressaltar que a exatidão da lista não é 100%,  mas utilizei as estatísticas do Last.FM e a playlist de mais tocadas do Spotify para chegar à essa bela seleção. E, claro, respeitei as regrinhas que eu mesma criei para a brincadeira: não posso repetir artistas e não posso repetir músicas que aparecerem nas listas dos anos anteriores. Agora, sem mais delongas, vamos aos greatest hits do meu 2019!

ME! (Taylor Swift feat. Brendon Urie)
Primeiro single do Lover, acho que acabou se tornando o greatest hit do meu 2019 mais pela saudade que estava de coisas novas da Taylor e pela empolgação pelo novo material do que pela música propriamente dita. Não que eu não tenha gostado de ME!, até porque adorei, só acho que música foi perdendo um pouco do brilho inicial depois que ouvi exaustivamente por semanas e, depois do lançamento do álbum, encontrei outras favoritas. Ainda assim, ouçam ME! pois é uma ótima música e eu adoro a participação do Brendon Urie.

Someone's Gonna Light You Up (The Rasmus)
Eu AMO essa música e realmente ouvi muito. Esse ano resolvi continuar me reconectando com The Rasmus e corri atrás do tempo perdido ouvindo todos os trabalhos lançados pela banda desde 2008. Foram muitas músicas novas descobertas que viraram favoritas, mas acho que nenhuma se tornou um vício como essa. Gosto que, mesmo em uma fase diferente, essa música remete um pouco ao som que tanto encantou meu eu adolescente. AMO DEMAIS que rola uma referência à letra de Shot. Adoro quando artistas dialogam com eles mesmo em momentos diferentes de suas carreiras. Obrigada pelo mimo, Lauri.

I Fell In Love With The Devil (Avril Lavigne)
A balada gótica e trevosa - e minha favorita - do novo álbum da Avril. Amei essa música no momento que ouvi pela primeira vez e, desde então, sonhei com a possibilidade de se tornar um single. E o sonho virou realidade. Obrigada também pelo mimo, Avril. Gosto muito da letra com metáforas para falar de um relacionamento tóxico.
Mais um caso de amor instantâneo. Adoro tudo nessa música: a batida no começo, a letra, a atmosfera geral, aquele Ari chan (?) no refrão e aquela coisa meio letárgica mais para o final. Essa música é PERFEITA

The Look (Roxette)
Porque eu não sou eu se não tiver uma música de antes de eu nascer na lista de mais tocadas. Ouvi bastante todo o álbum Look Sharp!, mas essa aqui deve ter ganhado porque também coloquei no segundo volume da minha playlist de anos 80. É uma ótima música

Dream a Litte Dream (Mickey Thomas)
Minha versão preferida dessa música! Eu AMEI Dream a Little Dream, o filme se tornou um dos meus preferidos dos anos 80 e a trilha sonora se tornou uma das minhas favoritas da vida. É óbvio que ouvi demais e é óbvio que essa música estaria nessa lista. Jamais poderia ser diferente. EU AMO ESSA MÚSICA.

Lights Up (Harry Styles)
Amei o single de retorno do Harry, pois não aguentava mais de saudades dele e estava bem curiosa para saber o que viria no segundo álbum. A música não me decepcionou e acho que o que mais gosto nela é que ela foi crescendo para mim quanto mais eu a ouvia. Acho tudo nela feito com muito cuidado e a produção é ótima. A letra também é um ponto forte porque acho que aqui começamos a ter acesso à um lado mais vulnerável do Harry que não tínhamos conhecido até então.

Rescue (James Bay)
Favorita instantânea. Ouvi, me apaixonei e continuei ouvindo em loop. O James Bay é um dos meus favoritos, adoro todo o sentimento que ele coloca em seu trabalho e tenho certeza de que suas músicas se tornarão atemporais. Essa música é um belo exemplo do porquê de eu pensar dessa forma. A letra é uma das que mais gosto dele e sua voz, como sempre, está linda. Eu amo o James Bay.

Oxygen (Dirty Heads)
Praia, verão, mar. O que mais eu posso pedir? Essa música é PERFEITA e me deixa na mais completa paz. Uma das minhas favoritas da vida.

Real Life (The Weeknd)
Uma das melhores músicas do The Weeknd. Como acontece com praticamente todas as músicas dele que já ouvi, aqui o que me ganhou foi a atmosfera. Adoro a batida, adoro a voz dele, adoro o refrão. Adoro tudo sobre essa música.

***

Menção honrosa:
Cosas De La Vida (Eros Ramazzotti)
Porque eu adoro essa música, ouvi bastante em 2019 e ela merece estar nessa lista. Ouçam essa música, ela é ótima.



Observação (12/07/20): essa lista estava salva na minha pasta de rascunhos desde dezembro, mas só escrevi o post agora. Confesso que já tinha desistido de postar, mas mudei de ideia quando vi que a lista já estava pronta. Criei, meio que sem querer, essa tradição aqui no blog e pretendo manter de alguma forma. Nem que seja com posts escritos sete meses depois, rs.