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31 de agosto de 2017

08/2017: a playlist de agosto

Ao todo, são 31 músicas que, de forma geral, demonstram que durante o mês de agosto, vivi predominantemente nos anos 80. A seleção foi feita por meio de critérios aleatórios que iam desde uma música que escutei naquele dia, favoritei naquele dia ou me foi apresentada pelo shuffle naquele dia. Nem todas as músicas são reflexos dos sentimentos dos dias que representam, tiveram sim ocasionais esquecimentos, mas acho que, como um todo, o resultado me soa bastante coeso, além de representar muito bem o meu gosto musical atual. Tem gente mais das antigas, mas também tem gente mais recente.

Gostaria de deixar registrados os meus agradecimentos ao Spotify por me lembrar de Man On The Moon - e do R.E.M., que adoro, mas faz tempo que não escuto - e por me apresentar The End Of The Innocence, do Don Henley, a quem deveria me dedicar mais a conhecer - assim como The Eagles. Por fim, achei interessante que comecei o mês de forma bem positiva, com Learning To Fly, de Tom Petty & The Heartbreakers, e terminei no desespero calado, buscando consolo no colo do Harry Styles, que canta Sign Of The Times. É bom demais ser fã dessas coisas simples, mas que deixam a vida mais leve. 


#01 Learning To Fly - Tom Petty & The Heartbreakers
#02 Por Enquanto - Plutão Já Foi Planeta
#03 Walking in the Wind - One Direction
#04 Waves - Dean Lewis 
#05 Life Is A Song - Patrick Park 
#06 Love Is Here to Stay - Lindsay Buckingham, Christine McVie
#07 Steal Your Heart Away - Fleetwood Mac
#08 I Won't Back Down - Tom Petty 
#09 Storms - Fleetwood Mac 
#10 Breathe - Taylor Swift, Colbie Caillat
#11 Touched by an Angel - Stevie Nicks 
#12 Sweet Creature - Harry Styles 
#13 Africa - Toto 
#14 Take it Easy - The Eagles  
#15 All To Well - Taylor Swift
#16 Here Comes The Sun - The Beatles
#17 Maneater - Daryl Hall & John Oats 
#18 Forever Young - Alphaville
#19 Don't Stop Believin' - Journey 
#20 Got My Mind Set On You - George Harrison
#21 Piano Man - Billy Joel 
#22 The End Of The Innocence - Don Henley
#23 Man On The Moon - R.E.M. 
#24 Prisoner - Ryan Adams 
#25 For What It's Worth - Liam Gallagher 
#26 Sultans Of Swing - Dire Straits 
#27 Mad World - Tears For Fears 
#28 Leaning to Fly - Pink Floyd
#29 Even the Score - America 
#30 Isn't It Midnight - Fleetwood Mac
#31 Sign of the Times - Harry Styles

28 de agosto de 2017

Cold & Frosty Morning: uma playlist para dias frios

Ao todo, são 31 faixas, somando 1h56, que me fazem sentir frio e, ao mesmo tempo, me ajudam a lidar com ele. Nem todas estão relacionadas ao clima, mas não ligo muito porque o que importa é que elas soam como inverno para mim. Algumas são bem geladas e chuvosas, outras são como um ventinho nas bochechas e nos cabelos, e tem também aquelas que evocam aquela preguicinha gostosa de manhãs de fim de semana, nas quais só consigo pensar em dormir. Aliás, foi com esse tipo de manhã em mente que criei a lista e, por isso, a chamei de Cold & Frosty Morning. Acho válido mencionar que, apesar da referência, nenhuma música do Oasis foi contemplada pela playlist. Não ia ficar muito ~harmônico~. Não se pode ter tudo. A conclusão veio com Here Comes the Sun, a princípio, pela sonoridade; e depois, porque achei poético o contraste com a faixa de abertura. A gente começa com hello, darkness my old friend e termina com here comes the sun, it's all right. Porque é preciso acreditar que o sol voltará a brilhar. Funciona como um abraço quentinho e familiar ao final de um dia puxado. ♥


#01 The Sound of Silence (Peter Hollens) 
#02 Mykonos (Fleet Foxes) 
#03 Follow Suit (Trent Dabbs) 
#04 Full Moon (The Black Ghosts) 
#05 Welcome Home, Son (Radical Face) 
#06 The Cave (Mumford & Sons) 
#07 The Age of Worry (John Mayer) 
#08 Fare Thee Well (Dink's Song) (Oscar Issac, Marcus Mumford) 
#09 Meet Me in the Hallway (Harry Styles) 
#10 Waves (Dean Lewis) 
#11 The Funeral (Band of Horses) 
#12 Need The Sun To Break (James Bay) 
#13 Let It Go (Tanner Townend, Gardiner Sisters) 
#14 Idaho (Nerina Pallot) 
#15 Stealing Cars (James Bay) 
#16 The Hanging Tree (Angus & Julia Stone) 
#17 Safe & Sound (Taylor Swift, The Civil Wars) 
#18 I See Fire (Peter Hollens) 
#19 Heartbeats (José González) 
#20 The Only Boy Awake (Meadows) 
#21 About The Rain (Ron Pope)
#22 Let Her Go (Passenger) 
#23 Simple Man (Jason Manns, Jensen Ackles) 
#24 See You Again - Acoustic (Tyler Ward) 
#25 Society (Eddie Vedder) 
#26 Cemeteries Of Lodon (Coldplay) 
#27 The Rains of Castamere (Peter Hollens) 
#28 Little Lion Man (Mumford & Sons) 
#29 Snow (Angus & Julia Stone) 
#30 Begin Again (Taylor Swift)
#31  Here Comes The Sun (The Beatles)

17 de agosto de 2017

Respondendo a TAG dos álbuns (original)

Sou uma pessoa que escuta álbuns. Não que esta seja uma regra absoluta, pois tenho minhas trilhas sonoras preferidas e até me arrisco a escutar e a montar playlists. Mas, ainda assim, de forma geral, não costumo escutar músicas avulsas. Não sei se sempre fui desse jeito, ou se foi um hábito que desenvolvi ao longo dos anos; o que importa é que eu  sou uma pessoa que escuta álbuns. Gosto de pensar que há um porquê de todas aquelas faixas estarem reunidas no mesmo trabalho de um artista, que provavelmente queria passar uma mensagem por trás disso. E, no geral, sinto que as músicas reunidas em um mesmo disco costumam trazer a mesma vibe. Fico realmente abalada quando estou escutando uma música e a próxima se revela algo completamente diferente, de outro estilo, com outra atmosfera, outra batida. Enfim, é o tipo de coisa que ~corta o clima~, sabem? Eu levo muito a sério esse tipo de coisa.

Então hoje quero falar sobre álbuns já que não tinha nenhuma ideia de como fazer isso, resolvi que iria responder uma TAG. E como não encontrei nenhuma que me interessassem resolvi criar a minha. Eis a TAG dos álbuns!

O último álbum que você escutou
Abbey Road  (1969), dos Beatles. Depois de alguns anos sem escutar muito a banda, de repente, acordei com vontade. Acho que o desejo veio por conta do clima frio que tem tomado conta da capital paulista nas últimas semanas; acho que o quarteto de Liverpool é a cara de dias frios, no melhor sentido possível. O álbum aqueceu o meu coração e me fez acreditar que os dias ensolarados voltarão. Aqui temos o ~último~ trabalho dos Beatles (são questões, favor pesquisar no Google), que já estavam mais do que consolidados como músicos maduros e, claro, como uma das maiores bandas de todos os tempos. Disquinho clássico, muitíssimo bom, super recomendado para todos.
Faixas para escutar: todas, mas principalmente...não, todas mesmo. Escutem todas.


Um álbum que você quer muito escutar
TS6, também conhecido como o novo da Taylor Swift. Até o momento, não temos muitas informações a respeito, mas sabemos que ele está à caminho e fico angustiada por saber que não terei paz enquanto não tiver escutado e também depois de o ter feito, porque Taylor Swift tem total controle das minhas emoções. Devo muito à ela, que me ajudou a lidar com fatídico ano passado e, desde então, decidi que 1) sou swiftie 2) viverei para escutar qualquer coisa que ela lançar. Afff, eu amo a Tay-Tay, melhor amiga famosa.

Um álbum para dias de bad (tanto para espantar, quanto para ~curtir~)
Olha, são muitos, mas o meu preferido em dias ruins é o incrível The Division Bell (1994), do Pink Floyd. A banda é a minha favorita e, como não poderia ser diferente, é responsável por alguns dos meus álbuns preferidos, entre eles esta preciosidade transcendental que veio ao mundo quando este pequeno hobbit que vos escreve tinha apenas quatro anos de existência. Diferente dos trabalhos anteriores e, principalmente, da era comandada pelo Roger Waters, tudo em The Division Bell me faz pensar em #paz; mesmo quando as letras discorrem sobre a falta de comunicação no mundo contemporâneo e tragam, de forma geral, uma atmosfera meio melancólica. Adoro as melodias, adoro os arranjos, adoro a forma como as faixas foram organizadas e a maneira como elas dialogam entre si, adoro os vocais do David Gilmour (a.k.a. minha alma-gêmea), adoro tudo. Realmente, não sei explicar e, por isso, digo que tudo é muito lindo nesse álbum. Não, tudo é muito perfeito nesse álbum.
Faixas para escutar: Todas, principalmente Marooned, Keep Talking e High Hopes. Mas, sério, todas.

Um álbum que te deixa feliz
Made In The A.M. (2015), do One Direction, porque jamais poderia ser diferente. Basta que os primeiros acordes de Hey Angel comecem para que eu seja bombardeada por uma onda de boas sensações. Esse álbum é, com certeza, um dos meus preferidos nos últimos cinco anos e irei sempre protegê-lo. Foi por causa dele que decidi me tornar directioner e adotar feelings are the only facts como um dos meus mantras pessoais. As músicas são deliciosas, do tipo que a gente canta junto sorrindo, mesmo quando a temática é meio tristinha, e se sente abraçado.
Faixas para escutar: Drag Me Down, Never Enough, What a Feeling e Temporary Fix.


Um álbum para escutar com a família e/ou amigos (ou que te lembre dessas pessoas) 
Aproveitando o gancho da categoria anterior: Harry Styles (2017) é uma unanimidade entre minhas amigas blogueiras. Todas nós gostamos muito - cada uma à sua maneira e com suas ressalvas - do trabalho de estreia solo do Harry e estamos bastante esperançosas em relação ao seu futuro como maior rockstar de sua época (risos!!!). Todas nós, pessoas da internet que somos, acompanhamos todo o hype na época do lançamento e, contrariando o que normalmente acontece, não ficamos de bode e até achamos tudo bem justificado.
Faixas para escutar: Sign of the Times (QUE HINO!), Two Ghosts, Sweet Creature e Kiwi.

Um álbum romântico (ou que embale as suas histórias de amor) 
Acho que é inegável que Taylor Swift é excelente na arte de lançar discos românticos e de toda a sua discografia, o que mais me faz entrar nessa vibe é o Speak Now (2010). Tudo nesse álbum me faz pensar em contos de fadas, desde o fabuloso vestido roxo de princesa que a Taylor usa na capa até a lindíssima Enchanted, que poderia facilmente virar um roteiro de comédia romântica com um casalzinho super fofo que se conhece em uma festa e termina o filme largando tudo para se beijar debaixo da chuva.
Faixas para escutar: Mine, Sparks Fly, Enchanted e Long Live - que não é de amorzinho, mas é ótima e merece ser sempre enaltecida.

Um álbum para feriados e/ou férias
Quando penso em férias e tempo para ficar de pernas para o ar, contemplando o nada, também penso em sol, praia e mar. E um dos meus discos preferidos para esses momentos é The Music From The O.C. - Mix #1 (2004), que faz parte da minha vida desde que foi lançado e até hoje é um grande sucesso. Por fazerem parte da trilha sonora de uma série ambientada na California, onde, aparentemente, não faz frio e o céu é sempre ensolarado, as faixas evocam esse clima de verão. Além disso, por serem músicas que escuto há mais de dez anos, tenho várias memórias-conforto associadas à elas.
Faixas para escutar: Honey And The Moon (Joseph Arthur), How Good It Can Be (The 88), Dice (Finley Quaye e William Orbit) e, obviamente, California (Phanton Planet).


Um álbum que te deixa nostálgica (o) 
Reckless (1984), do Bryan Adams, um álbum muito bom e que merecia mais reconhecimento. Não, eu não era viva na época em que ele foi lançado e também não o havia escutado até alguns meses atrás. Mas sabe quando a gente sente nostalgia por algo que nunca vivemos? Então, é isso que acontece quando escuto o álbum. As músicas, para mim, funcionam como uma máquina do tempo e me transportam para outra época; no caso, os anos 1980, que não vivi e acho que é justamente por isso que os acho fascinantes e sinto essa nostalgia. Tenho certeza de que não era uma época perfeita e em muitos aspectos devia ser pior do que os tempos de trevas atuais, mas ainda assim, não consigo deixar de imaginar que eram bons anos para se estar vivo. Culpa dos filmes do John Hughes e mais um monte dos que passavam na Sessão da Tarde.
Faixas para conhecer: One Night Love Affair, Run To You, Heaven (todo mundo conhece essa, sério) e Summer Of '69.

Um álbum para dias frios 
O primeiro em que consegui pensar foi Broken Brights (2012), do Angus Stone, e faz todo o sentido do mundo porque esse álbum foi feito para dias frios. Sabem aquelas músicas folk calminhas, que dão um pouco de sono, só que no melhor sentido? Então, esse álbum é todo assim. Tem cara de dia frio e chuvoso, mas traz o aconchego de um cobertor quentinho acompanhado por uma xícara de chocolate quente. Sinceramente, nunca prestei muita atenção nas letras e é possível que nunca tenha escutado até o final, mas acho que isso não importa. Definitivamente, preciso melhorar e dar à Broken Brights a atenção que ele merece.
Faixas para conhecer: Wooden Chair, The Blue Door, Only a Woman e Monsters.

Um álbum para dias ensolarados e quentes 
The Breaker (2017), do Little Big Town, que saiu em fevereiro, em pleno verão brasileiro e eu adorei a coincidência porque combinou demais. Apesar de a capa trazer uma imagem dos integrantes em um bosque (?) e vestindo roupas de outono, para mim, as músicas soam como dias quentes e de muito sol. Não conheço muito da banda e para todos os efeitos, achava que era do country. Contudo, achei o álbum bem pop, mesclando diferentes sonoridades e obtendo faixas, no geral, bem tranquilas e gostosinhas de escutar.
Faixas para conhecer: Lost in California, Better Man, Rollin' e Don't Die Young, Don't Get Old.


Um álbum que você nunca quis que terminasse 
Dopamine (2015), do BØRNS, uma verdadeira explosão sonora de good vibes. Acho que deve ser humanamente impossível se sentir triste enquanto se escuta esse disco e é justamente por isso que ele deveria ser eterno. Durante 40 minutos, a gente esquece de tudo de ruim que existe no mundo, assim como de nossas frustrações e apenas nos deixamos invadir pelas músicas. A experiência toda é uma delícia, além de realmente fazer bem e afastar os pensamentos ruins. Aí, o álbum termina e a gente precisa encarar a realidade de novo. Felizmente, sempre podemos apertar o play novamente.
Faixas para conhecer: 10.000 Emerald Pools, American Money, The Emotion e Overnight Sensation.

Um álbum que você escutou por causa do hype e não gostou
Lemonade (2016), da Beyoncé. Olha, 'cês vão me desculpar, mas acho a Beyoncé um tanto overrated. Talvez seja isso mesmo ou talvez eu é que não tenha sido atingida por suas músicas ainda. Contudo, até o presente momento, nunca me interessei por nada que ela lança; não porque não ache que seja bom, mas porque, realmente, não é muito o estilo de música que eu gosto de escutar. Mas aí, veio o Lemonade, o álbum mais importante de 2016; o álbum que, aparentemente, revolucionou a história da indústria musical com toda aquela coisa de ser conceitual e visual (e o The Wall, meu povo?, o que é o The Wall?, mas ok, não vou discutir); o álbum que é à frente de seu tempo. Então, tá. Fui escutar e...meh. Vida que segue, tem outros álbuns.

Um álbum que você escutou por causa do hype e amou 
Dangerous Woman (2016), da Ariana Grande. Até um mês antes do lançamento do disco, eu não fazia ideia de quem era Ariana Grande, só tinha visto o nome pipocando nos meus feeds. Aí, o YouTube recomendou o vídeo da faixa título e amei demais, fiquei ansiosa para escutar, curti o lançamento com todo mundo e agora, mais de um ano depois, tô achando uma delicinha ainda. Essa pegada de R&B bastante predominante no pop atual e esses vocais meio Mariah Carey são o tipo de coisa das quais eu sinto preguiça e fujo - nada contra, só não fazem meu estilo mesmo -, e justamente por isso, fiquei muito surpresa por, não só ter acreditado no hype, mas também por ter adorado a experiência com o disco.
Faixas para escutar: Dangerous Woman, Into You, Leave Me Lonely e Touch Me.

Um álbum flop que você acha bem legal
Achei o Breathe In. Breathe Out. (2015), da Hilary Duff, um álbum bem legal e honesto. Entregou tudo o que prometeu, mas acabou não fazendo sucesso algum, o que é bem frustrante já que demorou uns três anos para ver a luz do dia. Além disso, foi o primeiro trabalho que a Hilary lançou após sete anos de afastamento da música; ou seja, os fãs - eu inclusa - estavam bem empolgados, imaginando videoclipes, participações em programas de TV e shows. Só que não tivemos nada disso. Então, sei lá, o álbum meio que chegou mudo e saiu calado. Quase ninguém viu. Flopou mesmo. Mas é legal, de verdade.
Faixas para escutar: My Kind, Tattoo, Night Like This e Belong.


Um álbum que você acha que todo mundo deveria escutar 
Sem sombra de dúvidas, minha mais recente obsessão: Lindsey Buckingham Christine McVie (2017), nada mais, nada menos do que um álbum de colaborações desses ilustres seres humanos. Olha, se tem uma banda que tem ocupado muito do meu tempo consumido com música, essa banda é o Fleetwood Mac; então, acho que é compreensível que eu estivesse louca para escutar o que sairia desse duo do Lindsey com a Christine. Lerda e desatualizada que sou, só fiquei sabendo do projeto um mês antes e fico feliz que a espera não tenha sido longa. O álbum é mais do que tudo o que eu esperava. Sabe quando a gente escuta um trabalho de qualidade, de quem sabe muito bem o que está fazendo e tem anos de experiência e sucesso para provar? Então, não tem erro. Tudo é feito com perfeição, cuidado e muito talento.
Faixas para escutar: não tem nem faixa mais ou menos, tudo é bom.

Um álbum clássico (ou que você considere clássico; ou os dois) 
Finalmente resolvi conhecer mais do trabalho do Tom Petty, de quem sempre gostei de uma forma meio gratuita, e até agora foi só sucesso. Estou conhecendo seus álbuns aos poucos e não encontrei nada de que não tenha gostado. Contudo, se preciso comentar sobre um, escolho Into The Great Wide Open (1991), que é, na verdade, de Tom Petty and the Heartbreakers. Tenho para mim que um clássico é algo que transcende o tempo e que, não importa a época em que o encontremos, ele sempre parece atual. É isso que acontece quando escuto esse disco, que é apenas um ano mais novo que eu. 
Faixas para escutar: Learning to Fly, Kings Highway, All The Wrong Reasons e Built To Last.

Por fim, o álbum da sua vida
Dark Side of the Moon (1973), do Pink Floyd. Porque sim.

10 de agosto de 2017

Nevermore (Keith R.A. DeCandido) | Supernatural, livro #1

Quando soube que existiam romances de Supernatural, minha primeira reação foi torcer o nariz. Não sei exatamente o porquê, mas essa é sempre a minha reação ao descobrir a expansão, em uma plataforma diferente, de um universo fictício que amo. Contudo, uma vez superada a barreira do preconceito (leiam: as saudades de Sam e Dean são sempre enormes e está sendo absurdamente doloroso lidar com meu atual rewatch da 7ª temporada), fiquei bem curiosa para saber como seriam os Winchester de papel. Depois de me aventurar, venho contar o que achei da experiência.


Sobre o que é?
Aqui temos uma aventura na qual os irmãos são tirados de sua zona de conforto, e vão investigar um caso em Nova Iorque, mais especificamente no Bronx. É importante ter em mente que a história em questão ocorre durante a 2ª temporada da série e, depois de todos esses anos, demorei um pouco para reajustar a minha percepção dos protagonistas. Eles estão lidando com a recente morte de John, Sam está com o braço quebrado, Dean está o inconformado com o que o pai lhe disse antes de morrer e nós, os fãs, acabamos de ser introduzidos aos hellhounds - a trama de Nevermore se situa entre os episódios Crossroad Blues (2x08) e Croatoan (2x09) . Ou seja, era uma fase em que ainda não sabíamos as razões para os poderes psíquicos do Sam, ou qual era o verdadeiro nome do Yellow Eyed e muito menos poderíamos imaginar alguém como Castiel. Era uma fase completamente diferente. Enfim, seguindo uma pista do Ash, os meninos vão para Nova Iorque lidar com um ~simples caso de espírito~, mas acabam esbarrando com os crimes de um serial killer que se inspira nas histórias de Edgar Allan Poe.

O que gostei e o que não gostei tanto assim?
Como uma história para ser lida, Nevermore funciona bem, mas acho que não resultaria em um bom episódio para televisão. O desenvolvimento da trama é lento, cheio de passagens descritivas do Bronx e das ruas do bairro -  o que muitas vezes acaba rendendo momentos de humor com um Dean em estado de completo desespero ao tentar estacionar o Impala nas pequenas vagas -, um aspecto que pode ser cansativo em alguns momentos. 

Os casos também deixam um pouco à desejar, principalmente aquele que se relaciona com o trabalho de Edgar Allan Poe, ainda que traga ótimas referências à sua obra. Não sei se é porque já tenho ~experiência~ com histórias de investigação e/ou com Supernatural, mas já sabia quem era o culpado muito antes. Outra característica um tanto negativa é que há poucos elementos sobrenaturais na história, o que não deixa de ser um pouco problemático se pararmos para considerar a premissa da série. Ainda assim, temos o caso de fantasma que serve de pontapé para a chegada dos irmãos na cidade, mas só consigo descrevê-lo como medíocre. Por outro lado, o autor fez um ótimo trabalho de ambientação; não só dos cenários em que as coisas acontecem, mas de toda a atmosfera característica da série. De fato, parece Supernatural

Por mais que alguns possam discordar, Keith R.A. DeCandido acertou no tom das personalidades dos Winchester  - sim, o Dean da 2ª temporada deixaria o Sam dirigir o Impala pelas ruas de Nova Iorque (mas só nesse contexto e só porque ele mesmo não estava conseguindo; a única pessoa que ele deixaria dirigir Baby é o Sam!). E sim, Sam de 23 anos era um irmãozinho chato, get over it! - e, enquanto lia, conseguia escutar as vozes de Jensen Ackles  e Jared Padalecki, assim como imaginar seus trejeitos. Só que como, infelizmente, não se pode ter tudo, preciso dizer que e o autor errou feio na caracterização física dos irmãos e, convenhamos, isso é meio absurdo. O material original está aí, sabe? Uma rápida conferida em qualquer imagem dos dois já dava conta disso. 

Por fim, gostei bastante das partes em que muitos fatos sobre Edgar Allan Poe foram apresentados e, claro, as incontáveis referências musicais (tem um momento em que o Dean larga tudo para escutar o DARK SIDE OF THE MOON!!!).  O autor chega, inclusive, sugerir uma playlist para acompanhar a leitura e logo que minhas mãos começaram a coçar para montá-la lá no Spotify, descobri que alguém já o fez! Eu amo a internet! Para escutar, clique aqui. Tem muita coisa boa, gente, vale a pena!

Acho que vale a pena e recomendo?
Se você for fã de Supernatural, vale a pena sim. Principalmente se estiver à procura de uma leitura leve e descompromissada.