Páginas

30 de dezembro de 2019

Retrospectiva Musical 2019

Antes de começar a distribuição dos troféus, é sempre bom lembrar que: 
  1. Não escutei todos os lançamentos de 2019.
  2. O post é sobre o que escutei em 2019 e, por isso, a retrospectiva irá incluir coisas que não foram  lançadas durante o ano. 
  3. Mais uma vez, as categorias estão um pouco diferentes das edições anteriores. Algumas sumiram, outras surgiram e algumas foram modificadas.
Agora podemos prosseguir com a premiação.




Escutei pouco, mas gostei e deveria ter prestigiado mais em 2019: Dedicated (Carly Rae Jepsen, 2019) e Norman Fucking Rockwell! (Lana Del Rey, 2019)
Achei que ia amar, mas foi só ok: No. 6 Collaborations Project (Ed Sheeran, 2019) 
Foi bom enquanto durou: DNA (Backstreet Boys, 2019)


O orgulhinho do ano:
Michael Jackson, seus fãs e seu legado
O reencontro do ano: Ariana Grande
Finalmente entendi o hype: Greta Van Fleet *
A voz do ano: Taylor Swift
A banda do ano: Weezer


Bate-bola das músicas

A primeira música do ano (ritual do shuffle): You Better Run (Liam Gallagher)
A música do ano: Dream a Little Dream of Me (Mickey Thomas)
As good vibes do ano: Cornelia Street (Taylor Swift), Rescue (James Bay) e Adore You (Harry Styles)
A música rockeira do ano: Black Smoke Rising (Greta Van Fleet)
Grata surpresa: Speechless (Naomi Scott); ocean eyes (Billie Eilish); Easy Silence (Dixie Chicks); Blinding Lights (The Weeknd)
Troféu Taylor Swift 2019: The Man
Troféu Michael Jackson 2019: Give In To Me
Completamente ignorada durante anos para só ser realmente apreciada em 2019: Listen To Your Heart (Roxette)


Aqueles que voltaram para aquecer o meu coração: ...Baby One More Time (Britney Spears, 1999), Christina Aguilera (Christina Aguilera, 1999) e Millennium (Backstreet Boys, 1999)

Os melhores álbuns dos anos 80 que só conheci em 2019: True Blue (Madonna, 1986), Into The Fire (Bryan Adams, 1987), Look Sharp! (Roxette, 1988) e Dream a Little Dream Original Soundtrack (1989)

Menção honrosa para álbuns que não se encaixam em nenhuma das categorias anteriores, mas que ouvi e amei bastante em 2019: Into (The Rasmus, 2001), The Rasmus (The Rasmus, 2012), Beauty Behind The Madness (The Weeknd, 2015), Dirty Heads (Dirty Heads, 2016), Pacific Daydream (Weezer, 2017) e Caution (Mariah Carey, 2018)


Top 10 melhores álbuns de 2019:


10 º Romance (Camila Cabello)
9º Super Moon (Dirty Heads)
8º Hapiness Begins (Jonas Brothers)
7º Love + Fear (Marina)
6º Teal Album (Weezer)
5º Fine Line (Harry Styles)
4º Black Album (Weezer)
3º Head Above Water (Avril Lavigne)
2º Lover (Taylor Swift)
1º thank u, next (Ariana Grande)




Observação (01/10/20): enquanto começo a me preparar para as retrospectivas de 2020, lembrei que havia deixado um esboço da minha retrospectiva musical de 2019 salvo na pasta de rascunhos. Já estava tudo pronto e eu só precisava elaborar uns parágrafos como fiz nos anos anteriores. Quase doze meses depois, não lembro mais de muitos detalhes e nem estou com vontade de buscar na memória, então decidi postar assim mesmo, apenas os nomes das músicas, dos artistas e dos álbuns nas categorias em que os havia colocado. Gostei desse formato assim, mais simples. Talvez eu faça da mesma forma esse ano.

* Observação 06/03/25: enquanto estou transferindo alguns dos posts do meu antigo blog para este espaço, aproveito para reler o que escrevi e muitas vezes me surpreender positivamente; mas tem as vezes em que levo um susto. Neste caso, nada, absolutamente nada, me faz compreender o porquê de eu ter colocado Greta Van Fleet na retrospectiva. 



28 de dezembro de 2019

O Apanhador no Campo de Centeio (J.D. Salinger)

O apanhador no campo de centeio, de J.D. Salinger, é considerado um marco na literatura do século XX. Publicado em 1951, quando o autor tinha 32 anos, o livro se destacou por retratar a adolescência de uma maneira diferente da vista até então. Salinger, por meio da narrativa de seu protagonista, foi capaz de captar todas as angústias, os anseios e as incertezas típicas dessa fase da vida em uma época em que isso não era comum. 

Holden Caulfield, um adolescente de 16 anos, inicia sua história em um lugar para o qual foi "pra relaxar um tiquinho" e decide explicar ao leitor os acontecimentos que o levaram a essa situação. Assim, somos conduzidos por uma série de eventos em sua vida desde o momento em que foi expulso pela quarta vez de um colégio interno até o instante em que ele começa a narrativa. E é ao acompanhar o fim de semana de Holden pelas ruas da cidade de Nova York no início dos anos 1950 que o leitor, por meio das reflexões do personagem, é exposto aos temas centrais da obra de Salinger: o fim da infância, a perda da inocência e a transição para a vida adulta - e toda a avalanche de emoções conflitantes, convicções e contradições que surgem durante esse período de mudanças intensas.

Apesar de se manter como um dos livros mais lidos e aclamados ao longo das décadas, O apanhador no campo de centeio é até hoje uma das obras que mais divide opiniões e gera controversas. Isso ocorre, principalmente, por conta do protagonista que, muitas vezes, é enxergado apenas como um adolescente "reclamão". Contudo, um leitor com olhar mais atento e uma sensibilidade mais aguçada, não tarda a perceber que, por meio de sua narrativa ácida e cheia de sarcasmo, Holden - e, consequentemente, Salinger - está tecendo críticas à uma sociedade com valores falidos e marcada pela hipocrisia dos "fajutos", os adultos aos quais ele culpa por esses problemas. Em diversos pontos da história, o protagonista é questionado a respeito do que está fazendo com sua vida e do que espera para seu futuro e, mesmo sendo claro o fato de que ele não sabe e está completamente perdido, Salinger oferece ao leitor uma das respostas mais originais à pergunta e, ao mesmo tempo, nos permite um vislumbre do verdadeiro Holden e de toda a sua vulnerabilidade.

Também intrínseca na narrativa está a questão da saúde mental, muitas vezes negligenciada pelos críticos mais ávidos de Holden Caulfield. Ele não só encontra dificuldade para se adaptar ao fim da infância, mas também está vivendo um período de luto com o qual não sabe lidar. A percepção da morte e a dificuldade de aceitá-la, a desilusão com um mundo pós-guerra, a pressão das responsabilidades da vida adulta e o medo de se tornar um "fajuto" colocam o protagonista à beira de um colapso. E é essa uma das razões para o seu comportamento indignado e incompreendido.

Originalmente publicado para o público adulto, O apanhador no campo de centeio também se tornou popular entre os adolescentes - que muitas vezes se enxergam no protagonista - e se consolidou como um dos maiores clássicos da literatura universal por conta de sua atemporalidade. Um dos maiores destaques do livro está no fato de que ele melhora a cada releitura e, quanto mais velhos ficamos, mais profundos se tornam os seus significados. O livro também pode ser considerado um precursor da literatura YA contemporânea e o legado de Salinger vive em obras de autores como John Green, David Levithan e Stephen Chbosky.





   Esta leitura também faz parte do desafio Rory Gilmore Reading Challenge.

18 de dezembro de 2019

As músicas que (talvez) mais ouvi em 2019


2019 se aproxima do fim e hoje eu venho compartilhar as músicas que embalaram o meu ano. Mais uma vez irei ressaltar que a exatidão da lista não é 100%,  mas utilizei as estatísticas do Last.FM e a playlist de mais tocadas do Spotify para chegar à essa bela seleção. E, claro, respeitei as regrinhas que eu mesma criei para a brincadeira: não posso repetir artistas e não posso repetir músicas que aparecerem nas listas dos anos anteriores. Agora, sem mais delongas, vamos aos greatest hits do meu 2019!

ME! (Taylor Swift feat. Brendon Urie)
Primeiro single do Lover, acho que acabou se tornando o greatest hit do meu 2019 mais pela saudade que estava de coisas novas da Taylor e pela empolgação pelo novo material do que pela música propriamente dita. Não que eu não tenha gostado de ME!, até porque adorei, só acho que música foi perdendo um pouco do brilho inicial depois que ouvi exaustivamente por semanas e, depois do lançamento do álbum, encontrei outras favoritas. Ainda assim, ouçam ME! pois é uma ótima música e eu adoro a participação do Brendon Urie.

Someone's Gonna Light You Up (The Rasmus)
Eu AMO essa música e realmente ouvi muito. Esse ano resolvi continuar me reconectando com The Rasmus e corri atrás do tempo perdido ouvindo todos os trabalhos lançados pela banda desde 2008. Foram muitas músicas novas descobertas que viraram favoritas, mas acho que nenhuma se tornou um vício como essa. Gosto que, mesmo em uma fase diferente, essa música remete um pouco ao som que tanto encantou meu eu adolescente. AMO DEMAIS que rola uma referência à letra de Shot. Adoro quando artistas dialogam com eles mesmo em momentos diferentes de suas carreiras. Obrigada pelo mimo, Lauri.

I Fell In Love With The Devil (Avril Lavigne)
A balada gótica e trevosa - e minha favorita - do novo álbum da Avril. Amei essa música no momento que ouvi pela primeira vez e, desde então, sonhei com a possibilidade de se tornar um single. E o sonho virou realidade. Obrigada também pelo mimo, Avril. Gosto muito da letra com metáforas para falar de um relacionamento tóxico.
Mais um caso de amor instantâneo. Adoro tudo nessa música: a batida no começo, a letra, a atmosfera geral, aquele Ari chan (?) no refrão e aquela coisa meio letárgica mais para o final. Essa música é PERFEITA

The Look (Roxette)
Porque eu não sou eu se não tiver uma música de antes de eu nascer na lista de mais tocadas. Ouvi bastante todo o álbum Look Sharp!, mas essa aqui deve ter ganhado porque também coloquei no segundo volume da minha playlist de anos 80. É uma ótima música

Dream a Litte Dream (Mickey Thomas)
Minha versão preferida dessa música! Eu AMEI Dream a Little Dream, o filme se tornou um dos meus preferidos dos anos 80 e a trilha sonora se tornou uma das minhas favoritas da vida. É óbvio que ouvi demais e é óbvio que essa música estaria nessa lista. Jamais poderia ser diferente. EU AMO ESSA MÚSICA.

Lights Up (Harry Styles)
Amei o single de retorno do Harry, pois não aguentava mais de saudades dele e estava bem curiosa para saber o que viria no segundo álbum. A música não me decepcionou e acho que o que mais gosto nela é que ela foi crescendo para mim quanto mais eu a ouvia. Acho tudo nela feito com muito cuidado e a produção é ótima. A letra também é um ponto forte porque acho que aqui começamos a ter acesso à um lado mais vulnerável do Harry que não tínhamos conhecido até então.

Rescue (James Bay)
Favorita instantânea. Ouvi, me apaixonei e continuei ouvindo em loop. O James Bay é um dos meus favoritos, adoro todo o sentimento que ele coloca em seu trabalho e tenho certeza de que suas músicas se tornarão atemporais. Essa música é um belo exemplo do porquê de eu pensar dessa forma. A letra é uma das que mais gosto dele e sua voz, como sempre, está linda. Eu amo o James Bay.

Oxygen (Dirty Heads)
Praia, verão, mar. O que mais eu posso pedir? Essa música é PERFEITA e me deixa na mais completa paz. Uma das minhas favoritas da vida.

Real Life (The Weeknd)
Uma das melhores músicas do The Weeknd. Como acontece com praticamente todas as músicas dele que já ouvi, aqui o que me ganhou foi a atmosfera. Adoro a batida, adoro a voz dele, adoro o refrão. Adoro tudo sobre essa música.

***

Menção honrosa:
Cosas De La Vida (Eros Ramazzotti)
Porque eu adoro essa música, ouvi bastante em 2019 e ela merece estar nessa lista. Ouçam essa música, ela é ótima.



Observação (12/07/20): essa lista estava salva na minha pasta de rascunhos desde dezembro, mas só escrevi o post agora. Confesso que já tinha desistido de postar, mas mudei de ideia quando vi que a lista já estava pronta. Criei, meio que sem querer, essa tradição aqui no blog e pretendo manter de alguma forma. Nem que seja com posts escritos sete meses depois, rs.

6 de julho de 2019

road trippin': uma playlist para a estrada (julho/2019)


#01 Kings Highway (Tom Petty and the Heartbreakers)
#02 Craving (James Bay) 
#03 Red (Taylor Swift) 
#04 My Girl (Michael Jackson) 
#05 Home (Edward Shape & The Magnetic Zeros) 
#06 Ready To Run (One Direction) 
#07 Wonderwall (Oasis) 
#08 Send Me an Angel - Acoustic Version 2017 (Scorpions) 
#09 Learning To Fly (Pink Floyd) 
#10 Heroes (David Bowie) 
#11 In My Blood (Shawn Mendes) 
#12 Castle on the Hill (Ed Sheeran) 
#13 Tiny Dancer (Elton John) 
#14 Blue Denim (Stevie Nicks) 
#15 Sweet Home Alabama (Lynyrd Skynyrd) 
#16 Mr. Jones (Counting Crows) 
#17 Gimme Shelter (The Rolling Stones) 
#18 A Place With No Name (Original Version) (Michael Jackson) 
#19 Summer Of '69 (Bryan Adams) 
#20 Sparks Fly (Taylor Swift) 
#21 Pompeii (Bastille) 
#22 Little Talks (Of Monsters and Men) 
#23 Radioactive (Imagine Dragons) 
#24 Walking in the Wind (One Direction) 
#25 The End of Innocence (Don Henley) 
#26 My Father's Eyes (Eric Clapton) 
#27 Piano Man (Billy Joel) 
#28 While My Guitar Gently Wheeps (The Beatles) 
#29 Daniel (Elton John) 
#30 I'll Be There (The Jackson 5) 
#31 Stand by Me (Ben E. King) 
#32 Oh Yoko! (John Lennon) 
#33 Africa (TOTO) 
#34 I Won't Back Down (Tom Petty) 
#35 Heart of Gold (Neil Young) 
#36 California Dreamin' (Rick Price & Jack Jones) 
#37 Go Your Own Way (Fleetwood Mac) 
#38 Learning To Fly (Tom Petty and the Heartbreakers) 
#39 Hard Sun (Eddie Vedder) 
#40 Scar Tissue (Red Hot Chilli Peppers) 
#41 All Star (Smash Mouth) 
#42 Wake Me Up (Avicii) 
#43 All Along The Watchtower (Eddie Vedder & The Million Dollar Bashers) 
#44 Rock On - Ver. 09 (Michael Damian) 
#45 Wanderlust (James Bay) 
#46 American Pie, Pt.1 (Don McClean) 
#47 For What It's Worth (Liam Gallagher) 
#48 Goodbye Yellow Brick Road (Elton John) 
#49 English Rose (Ed Sheeran) 
#50  Octupus's Garden (The Beatles) 
#51 Budapest (George Ezra) 
#52 Free Fallin' (Tom Petty) 
#53 Heaven (Bryan Adams) 
#54 My Father's Gun (Elton John) 
#55 Rio Grande (Freedom Fry) 
#56 Where The River Flows - Studio Edit (Scorpions) 
#57 Road Trippin' (Red Hot Chilli Peppers) 
#58 Society (Eddie Vedder) 
#59 Rescue (James Bay) 
#60 California Snow (Weezer)

4 de junho de 2019

RELEITURA: A Noiva Fantasma (Yangsze Choo)

Quando li A Noiva Fantasma pela primeira vez, em 2015, lembro de não ter gostado e de ter me sentido enganada de alguma forma. Depois de um tempo, percebi que isso tinha acontecido porque criei expectativas - coisa que tento não fazer, mas que nem sempre consigo evitar. Tudo me levou a crer que encontraria um livro mais sombrio, algo bem distante da fantasia YA que o livro realmente é.


Uma vez que superei a experiência frustrante, comecei a sentir vontade de reler, pois algo me dizia que poderia aproveitar melhor já sabendo como seria a história. Agora que realizei a releitura, digo que estava certa na suposição, pois a segunda experiência com o livro foi completamente diferente, principalmente da metade para a frente, já que não lembrava de nada além do final.

Sobre a narrativa, dá para dizer que a autora fez um bom trabalho ao envolver o leitor na atmosfera da história. Tudo é muito fluído, com um ritmo que mantém o leitor envolvido do início ao fim e torna a leitura bastante imersiva. Dessa vez, em nenhum momento senti que a leitura estava se arrastando.

A protagonista, Li Lan, é um pouco ingênua e me lembro de este aspecto ter me incomodado; contudo, ao revisitar a história, compreendi que esse comportamento faz sentido se considerarmos o contexto em que ela está inserida. Uma jovem super protegida do século XIX se comportaria daquela forma e em alguns momentos, é possível perceber que ela tenta, à sua maneira, lutar contra as convenções sociais da época. Se antes havia considerado o final absurdo, agora encaro a escolha de Li Lan como algo bastante subversivo e coerente para alguém em sua posição. Ao acompanharmos sua jornada, percebemos que a personagem evolui e não só descobre quem é, mas também começa a questionar a vida que viveu até então. O romance também havia sido um problema durante a primeira leitura, porém um olhar mais atento e sem expectativas me fez enxergar sentido nele. Agora, gosto do casal e adorei a evolução do relacionamento.

Nas duas experiências, o personagem mais interessante para mim foi o Er Lang. No Goodreads, a autora comentou que adoraria escrever um livro sobre ele, mas que não era o seu foco no momento. Espero que ela mude isso algum dia, pois quero muito saber mais sobre o personagem. 

Por fim, gostei de conhecer um pouco sobre uma cultura diferente. A tradição da noiva fantasma era algo de que nunca tinha ouvido falar e achei bastante curiosa. Foi interessante ler uma história ambientada na Malásia colonial, um contexto que mistura as diferentes culturas locais com a cultura inglesa. Percebi que não conheço muitas histórias ambientadas durante esse período e fiquei intrigada o suficiente para pesquisar mais sobre o assunto. Leitura recomendada!

30 de maio de 2019

Se não eu, quem vai fazer você feliz? (Graziela Gonçalves)


O livro é uma mistura de autobiografia e livro de memórias em que Graziela Gonçalves conta um pouco de sua história, como conheceu o Alê, conhecido por todos nós como Chorão, e como foi a história que eles viveram juntos.

Gostei muito de como ela construiu o cenário de Santos nos anos 80 e 90, pois consegui ser transportada para aquela época. Outro ponto importante da ambientação é que consegui entender o contexto em que o Charlie Brown Jr. surgiu e perceber a influência da cidade na obra do Chorão.

A maneira como Grazi fala sobre como conheceu o Alê é muito gostosa de acompanhar. Adorei o trecho em que mesmo tendo a música como parte muito importante de sua vida e de seus anos de formação, ela nunca, nem em seus sonhos mais impossíveis, havia imaginado que ocuparia a posição (ou seria papel?) de musa inspiradora. Amei conhecer as histórias por trás das letras das músicas do Charlie Brown Jr. É lindo pensar que o romance dos dois está imortalizado por elas.

Ao falar sobre o Chorão, Grazi não poupa palavras e é bastante sincera. Enaltece suas qualidades, mas não omite seus defeitos. Achei curioso o fato de ela reconhecer que abriu mão de muitos de seus sonhos para seguir os sonhos do Alê. Foi triste ler sobre como ela se sentiu vazia depois que ele faleceu, não apenas pela dor da perda e do luto, mas também por perceber que não sabia mais quem ela era sem o Alê.

No final, ela comenta como a abandonaram depois da morte do Chorão - pessoas que antes eram tão próximas se tornaram estranhas. Além disso, tentaram não apenas "apagar" a sua importância para a banda, mas também a culparam parcialmente pela morte do Alê. Ela explica que escreveu o livro para contar a história que os dois viveram juntos, em que sonharam juntos, e também para compartilhar um lado do Chorão não muito perceptível por trás daquele jeito de brigão que ele tinha. Através dos olhos da Grazi, enxergamos o Alê: um cara sensível, inseguro e vulnerável que se escondia por trás daquela postura.

Terminei a leitura apaixonada pela história deles, com vontade de visitar Santos e, definitivamente, com vontade de conhecer mais do trabalho do Charlie Brown Jr. Leitura recomendada!

24 de abril de 2019

Retrospectiva Musical 2018

Este post ficou esperando uma finalização, adormecido na minha pasta de rascunhos, desde dezembro e já estou com vergonha de ter vergonha por não ter postado antes do Carnaval (risos). Então, antes tarde do que nunca, eis a retrospectiva musical 2018 e a distribuição dos troféus!

Disclaimer: acho importante frisar que 1) não escutei todos os lançamentos de 2018 e 2) o post é sobre o que escutei em 2018. Por isso, a retrospectiva irá incluir coisas que não necessariamente foram lançadas durante o ano. Mais uma vez, as categorias estão um pouco diferentes das edições anteriores e criei algumas novas. Agora, teremos um troféu Taylor Swift e um troféu Michael Jackson, já que ambos estão sempre na trilha sonora da minha vida e merecem demais essa minha homenagem.

Escutei pouco, mas gostei e quero prestigiar mais em 2019


Camila (Camila Cabello, 2018). Depois do sucesso estrondoso de Havana, em 2017, fiquei bem empolgada para escutar o álbum de estreia da Camila Cabello. Ele chegou em janeiro do ano passado e me lembro de ter escutado durante alguns dias após o lançamento...até que parei de escutar sem nenhum motivo aparente. Espero conseguir prestigiar mais em 2019 ou, talvez, dar mais atenção para a Camila assim que seu próximo álbum estiver entre nós.

Expectations (Bebe Rexha, 2018). Não sabia muito bem quem era Bebe Rexha até aquele feat. com o Louis Tomlison; desde então, fiquei sabendo que a moça já tinha alguns singles e collabs com outros artistas e que faria a sua estreia com um álbum em 2018. Escutei logo que saiu, me apaixonei pela faixa de abertura, gostei de mais algumas e prometi que dedicaria atenção ao álbum com mais calma (acho que outros lançamentos importantes rolaram na mesma época), apenas para me atrapalhar e esquecer de cumprir a promessa. Por fim, acabei colocando algumas das faixas do álbum na minha playlist de verão 2019 como um lembrete para conferir o álbum todo em algum momento.

Bloom (Troye Sivan, 2018). Assim como aconteceu com Blue Neighbourhood (2015), não tenho nada de negativo para dizer em relação ao segundo álbum do Troye Sivan. Tudo aqui é bem produzido, as melodias são gostosas e a vibe geral do disco é 10/10. Eu realmente não sei o porquê de não ter escutado tanto. Por favor, não sejam como eu e prestigiem o trabalho do Troye Sivan.

Achei que ia amar, mas flopou

Blue Madonna (BØRNS, 2018). Depois de ter a minha cabeça explodida pelo Dopamine (2015), um dos melhores álbuns que escutei nos últimos anos e, definitivamente, um dos meus preferidos da vida (!), nem preciso dizer que tinha altas expectativas em relação ao seu sucessor. Principalmente depois do lançamento do primeiro single, Faded Heart, e da notícia de que teria um feat. com a Lana Del Rey (!). Contudo, fiquei apenas nas expectativas, pois o álbum não chegou aos pés do anterior e, de forma geral, achei bem qualquer coisa. Não sei se não entendi o ~conceito~, se rolou algum tipo de ~experimentalismo~, se as músicas são ruins ou se o problema estava comigo. É possível que seja uma mistura disso tudo. Só sei que achei que ia amar muito e flopou no meu coração.

Foi bom enquanto durou 


Egypt Station (Paul McCartney, 2018). Não sabia que o Paul ia lançar álbum novo em 2018 e só descobri quando faltava pouco mais de um mês. Isso foi ótimo, pois não precisei esperar muito e não dei espaço para as expectativas - não que seja viável evitar expectativas em um caso como esse. Quando o álbum chegou, escutei intensamente no fim de semana do lançamento, assisti ao especial no Spotify e amei tudo (menos Back in Brazil, pois sem condições essa música) como se não houvesse amanhã. Aí, o baile seguiu e eu deixei pra lá. Uma pena, porque mesmo que eu não seja capaz de dizer se o álbum é genuinamente bom (tenho zero capacidade de exercer senso crítico com quem marcou minha vida desde a infância), ele é bem bom sim e merecia mais consideração de minha parte. Escutem. É nostálgico. Vale a pena.

A descoberta do ano


The Weeknd. Olha, não tenho noção de quanto tempo faz desde que comecei a sentir que todo mundo conhecia The Weeknd e eu perdi as contas de quantas notas mentais escrevi para me lembrar de conferir qual era a dele. Além da inexplicável surpresa ao descobrir que se tratava de uma única pessoa - e não uma banda ou dupla, como poderia jurar que fosse -, cujo nome real é Abel Makkonen Tesfaye, fiquei maravilhada com as músicas, que têm uma sonoridade que, por falta de palavra melhor, irei chamar de única. É toda uma vibe, sabe? Tem que sentir. Felizmente, escutei apenas um dos seus cinco discos e tô bem empolgada para conhecer os outros, que pretendo economizar, pois sou exatamente esse tipo de pessoa.

O orgulhinho do ano


Taylor Swift. Ser exaustivamente odiada, julgada e criticada por mais de um ano pelo mundo todo é horrível demais e minha melhor amiga famosa lidou com essa situação de forma magistral e louvável. Se em 2017 ela se manteve reclusa, não concedeu entrevistas e só deu as caras em videoclipes e imagens promocionais do reputation, em 2018 tudo isso foi potencializado. O que vimos foi uma artista talentosa, dedicada aos seus fãs, que ama o seu trabalho e é 100% profissional. Como resultado, ao invés de polêmicas na imprensa e na internet, veio uma das turnês mais lucrativas do ano, a presença constante nas paradas musicais e a Reputation Stadium Tour na Netflix (um baita presente de fim de ano para os fãs, diga-se de passagem). Ela pode até não ter se exposto, mas esteve em evidência na área em que atua, mostrando que é, sem sombra de dúvidas, um dos principais e mais poderosos nomes na indústria musical. Adoro essa faceta da Taylor, que me encheu de orgulho e inspiração em 2018. ♥

O reencontro do ano


The Rasmus. Não tinha parado para pensar no impacto da banda finlandesa na minha vida até o momento em que, do nada (!), lembrei dela e fui me informar sobre como andava. Rapidamente, descobri que ainda estavam juntos, haviam lançado disco novo, estavam em turnê e haviam passado pelo Brasil há pouco mais de duas semanas (tô triste até agora por ter perdido esse rolê). Aí, vi que tinha uma bônus track (ainda existe isso, gente?) recente e fui escutar e aaaaaaaaaaah the feels. Daquele momento em diante - creio que em meados de outubro -, fiquei completamente obcecada pela banda, assisti inúmeras entrevistas pelo YouTube (pelo menos as que estão em inglês) escutei o disco mais recente exaustivamente, relembrei os hits antigos e que marcaram a minha adolescência trevosa e, de forma geral, me deixei abraçar por tudo o que a música dos caras - e as letras maravilhosamente simples e profundas do Lauri Ylönen - têm para oferecer. 2018 foi um ano diabolicamente péssimo, mas serei grata por pelo menos me devolver um amigo (Lauri, no caso) que nem sabia que sentia falta. Curiosamente (ou não, porque a vida tem dessas), faziam exatos dez anos desde que eu havia parado de acompanhar o trabalho dos caras e eles voltaram para a minha vida justamente quando eu mais precisava escutar o que eles tinham para me dizer. The Rasmus, que banda. ♥

Finalmente entendi o hype


Shawn Mendes. Como sabemos, o moço flopou na minha vida em 2016, mas como adoro uma reviravolta, Shawn Mendes teve o seu arco de redenção. Não apenas amei o disco mais recente, como finalmente entendi o porquê de tanta gente gostar de suas músicas. Gente, é tudo muito apaixonante e não dá para não se render. Também gostaria de registrar que fiquei chocada ao descobrir que o jovem tem apenas 20 anos. Acho que tem um futuro promissor. Tô torcendo por você, Shawn!

Clássicão que só aconteceu na minha vida agora


Scorpions. Não sei o que eu estava fazendo da minha vida para ter ignorado os caras todos esses anos. Não é que eu nunca tivesse ouvido falar deles, mas tinha me contentado em conhecer apenas três ou quatro músicas de seu vasto repertório e, consequentemente, me privei de algo muito bom. A Sharon já tinha me dito que a banda é uma de suas preferidas e eu deveria ter enrolado menos para tentar entender o porquê. Não escutei muitos dos discos, mas como sei que todo ano me traz uma fase rockão-antigo-pé-na-estrada-e-sofrência, irei me preparar para contemplá-los no momento oportuno. 

A voz do ano

♥O melhor, o maior, o mais importante artista de 2018♥

Vossa Majestade Real, o Rei do Pop Michael Jackson👑. Não vou nem me explicar, pois pouco me surpreende que em um ano em que eu respirei MJ, ele se destaque como a principal voz. Se em 2017, me reencontrei com o meu artista preferido de todos os tempos, em 2018 passei a considerá-lo o meu melhor amigo platônico. Ao ler sobre a sua vida e sua arte (o pouco que pude, pois a vida desse ser humano é absurdamente rica em detalhes), pude compreender melhor as suas músicas e a sua mensagem para o mundo. Michael era especial, único. O mundo não o merecia, mas tivemos a sorte de tê-lo em nossas vidas. Ano passado, foi a Diamond Celebration, uma comemoração dos 60 anos do Rei do Pop, e foi lindo ver o quanto ele marcou e ainda marca a vida de pessoas ao redor do mundo todo, principalmente quando consideramos que muito do que ele fazia era sobre gentileza e amor. Quer legado mais importante e necessário para esse tempo de trevas que estamos vivendo? Te amo, MJ. ♥


***

Bate - bola das músicas 

A primeira música do ano (ritual do shuffle): Caroline (Fleetwood Mac)
A música do ano: Us (James Bay).
As ~good vibes~ do ano: Wanderlust (James Bay), Starboy (The Weeknd), no tears left to cry (Ariana Grande), Train (KING GVPSV) e One Way Street (Tito Jackson).
A power ballad roqueira e sentimental do ano: Still Loving You (Scorpions)
Resgatada pelo shuffle (ou: esqueci que amava, mas o shuffle me lembrou): The Outsiders (R.E.M.)
Grata surpresa: Chill (The Rasmus) e Africa (cover do Weezer)
Troféu Taylor Swift do ano 🐍: I Did Something Bad
Troféu Michael Jackson do ano👑: Is It Scary
Completamente ignorada durante anos para só ser realmente apreciada em 2018: Wind of Change (Scorpions)

***

São questões


sweetener (Ariana Grande, 2018). Logo que no tears left to cry foi lançada, fiquei bem empolgada pelo sucessor do Dangerous Woman (2016), um dos meus álbuns preferidos. Daí, veio the lights is coming, que achei péssima. Depois veio God is a woman, que é um baita musicão. Quando escutei o disco inteiro, fiquei com uma sensação mista de nossa-que-disco-bom-mas-nossa-que-disco-blergh, porque achei tudo bem desconexo e é quase como se fossem dois álbuns em um, com faixas mal distribuídas. Não sei se tive expectativas muito altas, ou se não compreendi direito o álbum e o tempo dirá que estou completamente errada (é possível que a vitória no Grammy 2019 já seja um indicativo disso...) . Contudo, não vou mentir, achei o álbum bem na média e bem diferente do que imaginava, definitivamente sem explorar todo o potencial da Ariana. Enfim, são questões.  Ah, e tem essa capa também. Achei horrível.

Disco de 2017 que só aconteceu na minha vida em 2018: 


As You Were (Liam Gallagher, 2017). Não que eu tivesse ignorado o disco quando foi lançado, mas só fui valorizar de verdade no ano passado. Depois de dois álbuns com o Beady Eye, banda que nunca gostei, parece que o Liam finalmente se encontrou em seu primeiro disco solo e o resultado é uma seleção de quinze faixas deliciosas, com a medida certa de nostalgia, com vibes gerais de anos 90 e menos especificamente de Oasis, de um jeito que dá para o Liam brilhar. Sem deixar de lado, claro, as referências aos Beatles e aos Rolling Stones. Pretendo escutar mais ao longo dos anos.

Discos de 2018 que não escutei, mas quero prestigiar em 2019 


Liberation (Christina Aguilera, 2018). Para ser sincera, escutei logo que saiu e pensei "uaaaaau, que coisa mais maravilhosa! Christina é muito foda! Melhor álbum do ano até o momento, etc, etc, etc", e aí, não dei mais bola. Contudo, ressalto que escutei o álbum uma vez e fui completamente impactada. Assim, mesmo me lembrando apenas do feat. com a Demi Lovato, considero que não escutei o álbum de verdade e, por isso, quero prestigiar em 2019.

Youngblood (5 Seconds of Summer, 2018). Olha, eu não fazia ideia do que era 5 Seconds of Summer, achava que fosse Sum 41 e sempre falava 30 Seconds to Mars. Obviamente, as bandas não tem nada em comum e eu sei que o Jared Leto é o vocalista do 30 Seconds to Mars, bear with me. Porém, acabei escutando Youngblood, a música, por recomendação do Spotify e gostei. Quando vi uma galera na internet dizendo que o som desse álbum (o terceiro da banda!) segue mais ou menos na linha do que o One Direction começou a fazer com o Made In The A.M. (2015), um dos álbuns da minha vida, nem pensei duas vezes antes de salvar Youngblood na minha biblioteca. Apenas aguardo o momento oportuno, pois estou determinada a amar esse álbum e se isso não acontecer em 2019, ficarei muito triste e frustrada.

Pray for the Wicked (Panic! at the Disco, 2018). A banda foi uma das mais marcantes dos meus anos de colégio e cursinho - ainda que eu amasse de um jeito meio guilty pleasure, pois naqueles tempos ainda acreditava nessa palhaçada - e, depois de um bom tempo sem acompanhar os discos recentes, acabei "esbarrando" no clipe de High Hopes no YouTube. Não confirmo e nem nego que fiquei um tanto emocionadinha e empolgada e, talvez, cante trechinhos diariamente. Logo, a única ação possível que enxergo é escutar esse álbum de forma intensa durante 2019.

Aqueles que voltaram para esquecer e abraçar meu coração:


reputation (Taylor Swift, 2017). Meu álbum oficial de treinos e que traz a minha versão preferida da nossa melhor amiga! Poderia escrever muitos e muitos parágrafos enaltecendo essa obra-prima do século XXI, mas como já fiz isso nesse post, vou parar por aqui. Apenas saibam que eu amo esse disco. Escutem o reputation, gente. E depois assistam ao especial na Netflix. ♥

Greatest Hits (Fleetwood Mac, 1988). Desde que me apaixonei completamente pelo Fleetwood Mac, em 2016, a banda sempre dá um jeito de deixar uma marca na trilha sonora da minha vida. No ano passado, escutei algumas coletâneas e essa daí foi a campeã. Apesar de não achar a melhor ou a mais completa (saiu uma de 50 anos em 2018, gente!), gosto da seleção. E amo que já começa impactando com Rhiannon - que música! Stevie Nicks, que mulher! 🌙

Dangerous Woman (Ariana Grande, 2016). Também foi um álbum que me marcou muito em 2016 e que, conforme os anos foram passando, foi ganhando ainda mais o meu coração. O que mais gosto é que ele me faz companhia em treinos, mas também naqueles dias em que a autoestima está no chão e preciso de algo que me faça sentir melhor, mais forte, mais bela, mais poderosa, etc, etc, etc.

O humilhado que agora é exaltado


Invincible (Michael Jackson 👑, 2001). Antes de mais nada, quero deixar registrado que eu nunca humilhei esse álbum, já que eu ignorei sua existência desde sempre. Não foram poucas as vezes que vi veículos de comunicação declarando esse trabalho uma bomba-um fiasco-o maior fracasso da carreira do Rei do Pop-blablabla e, por isso, preferi não escutar para conservar na memória apenas coisas boas a respeito da obra de Vossa Majestade. Só que, vejam bem, era humanamente impossível para Michael Jackson fazer algo ruim, entendem? E fracasso é muito medido por perspectiva, expectativa e vendas. No caso em questão, estamos falando do cara que foi O MAIOR ARTISTA DE TODOS OS TEMPOS, que rompeu com paradigmas e, de certa forma, criou o que conhecemos hoje como música pop. 'Cês entendem que as expectativas para qualquer coisa que ele fazia eram altíssimas e que seria impossível atingi-las com uma crítica que estava de bode dele, além de uma gravadora comandada por Tommy Motolla, que, segundo Vossa Alteza, era o demônio? Gente, a própria Sony tirou o álbum das lojas e cancelou a divulgação depois de três semanas! Quem é que pode culpar Michael Jackson por simplesmente largar tudo no que diz speito ao disco? No lugar dele, faria a mesma coisa. (Mais informações sobre esse rolê todo nesse vídeo aqui).

Deixando as tretas de bastidores de lado, basta escutar Invincible para perceber que ele estava completamente de acordo com o tipo de música que a gente viria a escutar alguns anos depois de seu lançamento. Ou seja, Michael Jackson, mais uma vez, lançou tendência! E ele fez isso de um jeito bem confessional, de forma que o álbum é um de seus trabalhos mais pessoais. Michael Jackson colocou A SUA ALMA no disco e as pessoas simplesmente ignoraram. Repito: o mundo não merecia esse homem. Apenas escutem o Invincible, pois ele merece demais ser prestigiado.

Menção honrosa


Brotherhood (3T, 1995). Nessa de respirar Michael Jackson, inevitavelmente esbarrei em 3T, o trio formado por Taj, Taryll e TJ, seus sobrinhos, filhos do Tito Jackson. O som é um R&B gostosinho, bem naquela vibe de boyband dos anos 90 e que dá para ficar escutando em loop. Sinceramente, nada tenho de negativo para dizer sobre Brotherhood, que traz faixas que parecem ter sido escolhidas a dedo por seus integrantes e pelo time de produtores - sendo um deles o ilustre tio dos meninos, que além de contribuir com uma composição, participa de duas faixas. Não escutei o disco tempo suficiente para colocá-lo em uma lista de favoritos do ano, mas inegavelmente foi um marco e queria deixar o registro aqui. Pretendo escutar mais vezes, principalmente naqueles dias em que estiver me sentindo mais nostálgica. Acho que vocês deveriam fazer o mesmo.

***

Top 7: os melhores álbuns de 2018


MAY 20TH (KING GVPSV, 2018)
Até hoje acho que a maneira como cheguei até esse disco bem aleatória. Primeiro, porque o tipo de som não é exatamente o que eu costumo escutar. Segundo, porque não é como seu eu acompanhasse o trabalho do elenco de Supergirl. Acontece que KING GVPSY é o ator Mehcad  Brooks e, por razões que desconheço, cheguei à sua carreira musical. Enfim, depois de curtir alguns singles fiquei na curiosidade para escutar o álbum todo e quando aconteceu, amei! Novamente, não sei explicar o porquê de ter gostado tanto, uma vez que o som é uma mistura de alguns estilos com música eletrônica (acho). O resultado é algo meio transcendental que me faz pensar em natureza, deserto, mar, algo místico e good vibes...sei lá. Talvez seja a voz do Mehcad mesmo. Realmente, não sei.
Faixas preferidas: Tears Away, Train, e Cigarettes and Red Wine.

Shawn Mendes (Shawn Mendes, 2018)
Depois de decidir que Shawn Mendes não era para mim, só resolvi escutar o disco mais recente por indicação da minha amiga Alessandra, que conhece o meu gosto musical e achou que eu poderia gostar. Ela estava certa. O que mais me impressionou é que o disco, apesar de ser pop, tem uma mistura de referências que funcionou muito bem. Como resultado, temos uma seleção bem ~elegante~ e que, creio, mostra o amadurecimento do cantor. Além disso, é o tipo de trabalho que dá para ficar escutando em loop por horas sem enjoar. Contudo, preciso falar dessa capa. Não dá pra defender essa capa.
Faixas preferidas: In My Blood (que hino! e que acerto de faixa para abrir o disco! já chega com tudo!); Youth (mais uma vez, que hino!) e Perfectly Wrong (baladinha triste que faz a gente ficar triste também).

Electric Light (James Bay, 2018)
O James Bay é um dos meus cantores preferidos e sabendo que o Chaos and the Calm (2015) é um dos discos da minha vida, nem preciso dizer que tinha altas expectativas para seu sucessor. Se a minha única crítica em relação ao primeiro álbum é que o tempo todo prevalece uma sensação de que James não se sentia seguro para se soltar e mostrar todo o seu potencial, não dá pra dizer isso sobre Electric Light. Aqui a gente tem uma ideia bem real do tipo de artista que é o James Bay. Aqui, ele se permitiu arriscar e trouxe referências como David Bowie, Mika (!), Hozier e, sei lá, Justin Bieber (???), mas sem deixar de lado seu lado ~rockeiro~. No fim, o álbum funciona muito bem e é cheio de personalidade. Outro ponto que quero destacar é que parece que James está muito mais feliz e, como fã, fico feliz, pois o moço sofria demais no disco anterior. Tenho certeza de que mesmo já gostando muito do Electric Light, com o passar dos anos irei amar até que se torne um dos meus favoritos.
Faixas preferidas: UsIn My Head, Wanderlust, Sugar Drunk High e Stand Up.


Starboy (The Weeknd, 2016)
A estreia de The Weeknd na trilha sonora da minha vida veio com o seu terceiro álbum. Gostaria de dizer algo profundo sobre o trabalho, mas a verdade é que Abel ganhou meu coração pela sonoridade geral de suas músicas combinada com sua voz MARAVILHOSA. Só depois é que fui perceber que as letras, além de melancólicas e chorosas, se mantém quase que totalmente na mesma temática da difícil vida de artista famoso que sofre muito, mas também transa muito. E bebe muito. E vai muito em festas. E tem muito dinheiro para gastar com carros. Enfim, quando percebi o conteúdo geral das músicas, já era tarde e o estrago estava feito. Sigo amando o álbum - e praticamente tudo que já escutei de The Weeknd - e torço muito para que o moço faça uso apenas de uma persona e que ele não sofra tanto quanto parece sofrer. Mas sério, escutem The Weeknd. É sim tudo isso que dizem por aí.
Faixas preferidas: Starboy, Ordinary Life e I Feel It Coming.

Invincible (Michael Jackson, 2001)
Depois de todo o rant que fiz acima, irei ser breve. Nesse álbum, encontramos tudo o que Michael Jackson sempre representou e fez em seus discos solo, só que com aquele quê de anos 2000. Seria a entrada de Vossa Majestade no novo milênio e, infelizmente, acabou por ser seu único trabalho na década. Aliás, é seu último trabalho lançado em vida! Tem músicas dançantes, outras para balançar a cabeça enquanto escutamos, baladinhas românticas e, claro, músicas para chamar atenção para os problemas do mundo e convencer quem está escutando a levantar o traseiro do sofá e fazer alguma coisa a respeito. Também é interessante notar que aqui podemos ter uma dimensão do alcance vocal do MJ, que normalmente cantava em tons mais altos, o que nos leva a pensar que ele tinha uma voz mais aguda. Porém, quando ele queria, usava sua voz mais grave e, na real, não soava tão distante da voz de seus irmãos. Mas como todos somos suscetíveis a erros, Vossa Alteza, humano como todos nós, também cometeu alguns em Invincible. O disco pode, por vezes, soar um pouco repetitivo nas batidas de algumas faixas e, nada, absolutamente NADA, justifica 2000 Watts. No mais, é um belo trabalho e o próprio Michael dizia que o enxergava como tão bom quanto - ou até melhor que - Thriller. Olha, são questões. Ainda assim, o disco é bom, foi bem injustiçado e merecia mais do mundo.
Faixas preferidas: Break of Dawn, Heaven Can Wait, You Rock My World, Speechless, The Lost Children (uma das músicas mais Michael Jackson do Michael Jackson, a alma dele tá aí) e Whatever Happens (essa música!, essa música!, essa música!).

MTV Unplugged: Scorpions In Athens (Scorpions, 2013)
Se 2018 foi o ano em que Scorpions finalmente aconteceu na trilha sonora da minha vida, a culpa é todinha desse álbum. Foram muitas as caminhadas em que esse acústico me acompanhou e posso dizer, sem dúvida alguma, que é uma das coisas mais belas que já ouvi. Mesmo conhecendo pouquíssimo do repertório da banda, sei o suficiente para dizer que é conhecida por fazer um som mais pesado e ~farofento~ de um jeito clássico. Por isso, adorei a repaginada das músicas com arranjos mais suaves. Verdade seja dita, eu adoro um álbum acústico e acho que jamais poderia não gostar desse dos Scorpions. O mais legal vai ser conhecer as versões originais de músicas que só escutei nesse registro ao vivo. Ah, além do show, a banda também lançou algumas versões acústicas gravadas em estúdio e, claro, ficaram lindas.
Faixas preferidas: Follow Your Heart, Send Me an Angel, Where the River Flows e Wind of Change - a participação do Morten Harket deixou a música ainda mais especial. 


O melhor, o maior, o mais importante álbum de 2018


Dark Matters (The Rasmus, 2017)
Se alguém me dissesse que em 2018 eu voltaria a escutar The Rasmus, eu jamais acreditaria. Mas a vida tem dessas e, vez ou outra, acaba por nos surpreender. Depois de escutar Holy Grail, faixa bônus que a banda lançou para comemorar um ano do Dark Matters, e me surpreender com a sonoridade diferente, mas ao mesmo tempo muito familiar, resolvi conferir o álbum todo - que só chegou no Spotify em 2018, btw -, e ainda bem que o fiz. Não sei bem explicar toda a avalanche de sentimentos que esse álbum me proporcionou, mas saibam que foram emoções muito intensas. Com uma sonoridade claramente influenciada por artistas e gêneros que fazem sucesso nas rádios dos EUA - resultado da mudança de Lauri Ylönen para Los Angeles há alguns anos -, a banda conseguiu fazer um álbum de rock muito bom, que soa atual e, ao mesmo tempo, resgata algo da fase gótica suave dos discos de 2003 e 2005 - porém, com uma sonoridade mais leve. Adorei perceber que, por trás dos efeitos eletrônicos e algumas melodias que puxam mais para o pop, a essência melancólica tão marcante nas músicas da banda ainda permanece. As letras continuam maravilhosas e cheias de metáforas. Gosto principalmente daquelas com noite, lobos, céu, lágrimas e escuridão. The Rasmus, que banda. ♥
Faixas preferidas: TODAS, mas principalmente Empire (que música!), Black Days, Dragons into Dreams, Paradise e Teardrops.

19 de março de 2019

LEITURAS RECENTES: novembro & dezembro • 2018 | VÍDEO


Mencionados no vídeo:
A Filha do Rei do Pântano (Karen Dionne)
Minha Lady Jane (Cynthia Hand, Brodi Ashton, Jodi Meadows)

12 de março de 2019

LEITURAS RECENTES: setembro & outubro • 2018 | VÍDEO


Mencionados no vídeo:
Falando o mais rápido que posso (Lauren Graham)
A Incendiária (Stephen King)
A Redoma de Vidro (Sylvia Plath)

19 de fevereiro de 2019

The 80's Nostalgia - Vol. 3: mais uma seleção de músicas para sentir saudades da década que não vivi, mas considero pakas


#01 The Look - Roxette
#02 Hungry Like The Wolf - Duran Duran
#03 Wait - The Jacksons 
#04 Runaway - Bon Jovi
#05 Edge of Seventeen - Stevie Nicks
#06 Take Me Home Tonight - Eddie Money
#07 I Still Haven't Found What I'm Looking For - U2
#08 Never Ending Story - Limahl
#09 Forever Young - Alphaville 
#10 Part-Time Lover - Stevie Wonder 
#11 I Wanna Dance With Somebody - Whitney Houston
#12 The Best - Tina Turner
#13 Dancing In The Dark - Bruce Springsteen 
#14 Baby Be Mine - Michael Jackson 
#15 I Drove All Night - Cindy Lauper
#16 Heaven - Bryan Adams 
#17 I Want To Know What Love Is - Foreigner 
#18 Live To Tell - Madonna
#19 The Sun Always Shines on TV - a-ha
#20 So Far Away - Dire Straits

15 de fevereiro de 2019

As músicas de janeiro | Boletim Musical #03

FELIZ ANO NOVO! Gostaria de fazer um post reflexivo sobre a virada do ano, sobre os primeiros aprendizados de 2019 e sobre os acontecimentos de janeiro, que foi um mês bem gentil no departamento pessoal. Mas resolvi escrever sobre música. Enquanto a retrospectiva musical não sai,  pensei em fazer uma lista com as músicas que mais marcaram o meu início de ano.


You Better Run (Liam Gallagher, As You Were, 2017)
Todo ano, logo após a virada, eu tenho a tradição de colocar meus fones de ouvido, ativar o shuffle e deixar que o ~destino~ escolha qual música ficará marcada como a trilha sonora do início de um novo ciclo. Como a minha virada para 2019 foi meio zoada - fato pouco surpreendente depois do caótico 2018 -, fiquei impressionada com o timing do modo aleatório ao me lembrar dessa música do Liam Gallagher, que encaixou perfeitamente com o momento e, de certa forma, me proporcionou um sopro misto de raiva e também vontade de continuar resistindo, acreditando que tudo vai passar e dias melhores virão. Adoro o refrão, principalmente o trecho em que ele canta angels, give me shelter / 'Cause I'm about to fall / Stone cold, Helter Skelter / I'm not afraid / I'm gonna face you off.

Lust For Life (Lana Del Rey feat. The Weeknd, Lust For Life, 2017)
Não sei se demorei para entender o hype, ou se é porque agora eu adoro The Weeknd, mas o fato é que só recentemente reconheci o quão maravilhosa é essa música. Amo como as vozes da Lana e do Abel  soam bem juntas, adoro a melodia, ADORO DEMAIS a letra com referências que me fazem pensar em old Hollywood e Nelson Mandela (!) em de forma geral, amo a vibe da música como um todo. Tem um imediatismo, uma percepção de que vivemos apenas uma vez e a vida é curta, então é melhor viver cada dia como se fosse o último, sem arrependimentos, yada yada yada. And a lust for life keeps us alive.

Oxygen (Dirty Heads, Dirty Heads, 2016)
Essa música, que música, melhor música. MUITO SUMMER GOOD VIBES - mesmo com a letra com um quê de melancolia. Eu amo quando uma música consegue me transportar para algum lugar e acho impossível ouvir Oxygen sem me sentir na praia, escutando as ondas do mar, sentindo cheiro de areia e brisa marítima. Aí, quando eu realmente ouvi a música nessas circunstâncias, ela me ganhou de vez. Agora vou fazer questão de escutar em todos os verões. People shouldn't change like the weather, man / People shouldn't change if they're innocent.

Chill (The Rasmus, Into, 2001)
Nos últimos meses do ano passado, me lembrei do quanto amo The Rasmus e como a banda marcou a minha adolescência. Ao descobrir que toda a discografia deles está disponível no Spotify, fiquei bem empolgada para conhecer os discos mais antigos, da época antes de eles serem ~góticos suaves~ e fazerem sucesso aqui no Brasil. Logo que ouvi Chill pela primeira vez, minha única reação foi amar imediatamente, pois que vibe gostosinha de fim de tarde preguiçosa de verão. Pouco absorvi da letra, que, sinceramente, nem sei sobre o que trata, além de parecer refletir algum tipo de fase de transição (?). São questões. Mas amo demais e não acredito que Lauri Ylönen, além de meu muso gótico, agora será meu muso praiero também.

Someone's Gonna Light You Up (The Rasmus, The Rasmus, 2012)
Mais uma de The Rasmus, essa aqui é da fase pós-gótica. Além de choque depois de descobrir que não, o disco de 2017 não era o primeiro no que eu achei que fossem quase dez anos de hiatus, confesso que demorei para realmente me deixar levar pelo disco. Mas quando me entreguei, foi de corpo-alma-e-coração e culpa é todinha dessa música, que virou a minha primeira favorita. Analisando agora, acho que isso aconteceu porque a música reúne alguns dos elementos que encantaram meu eu de 14 anos, que conseguiu enxergar toda uma sensibilidade por trás de todas aquelas roupas pretas, delineadores, crucifixos  e penas pretas de corvo (!!!!!). Adoro que a música consegue ser agressiva e sensível ao mesmo tempo. Adoro a letra fofinha que dialoga com Shot - exaustivamente exibida na MTV Brasil em meados de 2006/2007 e que merecia um clipe melhor - e amo a parte que Lauri canta It's gonna be okay, hush hush / And there will be a day when, don't rush / Someone's gonna light you up. ♥

I'm With You (Bon Jovi, What About Now, 2013)
Essa música é a surpresa do mês, já que não sabia de sua existência até o momento em que coloquei um show aleatório do Bon Jovi para me fazer companhia enquanto lidava com afazeres domésticos. Uma coisa que eu realmente admiro na banda é a sua capacidade de adaptar seu estilo de acordo com a década. Essa música, por exemplo, é bem diferente das baladas que fizeram sucesso nos anos 80 e 90, soa como algo mais recente, ainda que não necessariamente igual aos rocks de hoje (menino Rock tá respirando com ajuda de aparelhos, coitado) e, de forma geral, é uma baladinha Bon Jovi não romântica (acho) bem gostosinha de escutar. Aliás, Jon Bon Jovi é um homão, não?

I'm a Mess (The Rasmus, The Rasmus, 2012)
The Rasmus de novo! Tenho quase certeza de que quando escutei essa música pela primeira vez, enquanto assistia ao clipe, me senti um tanto incomodada e é bem possível que não tenha gostado. A verdade é que acho que meu cérebro bugou um pouco com a estética ~gótica moderna~ e a sonoridade mais pop com efeitos eletrônicos. Porém, uma vez que entendi que era essa a vibe do disco todo e pude apreciar as músicas pelo que elas são, amei demais I'm a Mess. Acho de uma sinceridade enorme que Lauri cante sobre reconhecer que ele é uma bagunça e que causa sim dor à quem ama. Na real, acho essa música toda bem triste. I don't know who I am / Am I even human? / Every night I sell my soul.

Get Right (Weezer, Pacific Daydream, 2017)
Daí, eu lembrei que gosto de Weezer e fui conferir o lançamento mais recente - além do sensacional disquinho de covers que saiu em janeiro -, apenas para me apaixonar completamente por todas as músicas. Essa aqui foi a primeira que se destacou para mim e, logo que escutei, pensei em The O.C. - não me perguntem o porquê, pois não saberia responder; apenas acho que seria o tipo de coisa que encontraríamos no iPod da Marissa. Tudo nessa música é excelente e não vou dizer mais nada. Acho que todo mundo deveria ouvir.

Beach Boys (Weezer, Pacific Daydream, 2017)
Mais uma do álbum do Weezer que adorei e não entendi porque teve gente que não gostou. Achei divertida, gostosinha, cheia de vibes de verão e, de forma geral, difícil de enjoar. Além disso, amei o trecho It's a hip hop world and we're just the furniture. 

That's All I Need (Dirty Heads, Dirty Heads, 2016)
Impossível escutar essa belezinha e não sorrir! Que música boa e ensolarada! Mais uma que é ótima para dias de sol e piscina. Dirty Heads é uma das minhas descobertas musicais recentes favoritas e, se essa frente fria passar e me devolver o verão, pretendo escutar mais trabalhos da banda.

9 de janeiro de 2019

AS MELHORES LEITURAS DE 2018

2018 chegou ao fim e, finalmente, podemos virar a página para dar início ao novo ano! Mas antes de começar com metas, listas e desafios, que tal relembrar os melhores momentos do meu 2018 literário? Em dezembro, postei as minhas dez leituras preferidas lá no Instagram, mas como gosto de ter registros um pouco mais elaborados decidi escrever este post para poder explicar melhor as coisas.

Não li tanto quanto gostaria, mas li o suficiente. E o melhor de tudo é que não aconteceu de eu odiar completamente alguma leitura; ou seja, 2018 foi um ano de 3 estrelas para cima! Agora, sem mais delongas, vamos aos felizardos escolhidos como os melhores livros que li no ano passado!




As leituras não estão em ordem de preferência, apenas as organizei de forma cronológica. 

Michael Jackson: The Magic, The Madness, The Whole Story (J. Randy Taraborrelli)
Sinto que falei bastante sobre esse livro e sobre seu assunto central ao longo de 2018. Nunca escondi de ninguém o quanto gosto de ler sobre personalidades marcantes do entretenimento e ler sobre aquele que considero o maior artista de todos os tempos foi uma experiência incrível. Não só porque gostei de saber sobre acontecimentos de sua vida, mas também porque me fez perceber o quanto gosto de tudo o que Michael Jackson representa e o quanto um artista como ele faz falta. Ainda quero falar melhor sobre a leitura, mas enquanto isso não acontece, já deixo aqui a minha recomendação. Leitura indispensável para quem é fã do Rei do Pop. 

Esse é aquele livro que, mesmo depois de meses, ainda está na minha mente. Tudo na leitura de As Garotas me fascinou e posso dizer com segurança que irei reler algum dia, já que senti uma vontade imediata de fazê-lo logo que virei a última página. Pensando bem, percebo que não tinha como eu não gostar do livro, uma vez que ele é um coming of age ambientado em sua maior parte nos anos 1960 e traz a história de uma menina que se envolve com um culto estilo Família Manson. É o tipo de história que você já começa a ler sabendo que vai ser trágica e, mesmo assim, não consegue não amar tudo a respeito dela.

Uma das minhas metas para 2018 era conhecer Stephen King "de verdade" e não poderia ter escolhido livro melhor! Joyland é um livro curto, mas que reúne tudo aquilo que fez muita gente se tornar fã do King - pelo menos é isso que entendi pesquisando na internet. É uma história com mistério, algum elemento sobrenatural, uma narrativa bastante envolvente, personagens interessantes e intrigantes, além de trazer também um quê de coming of age. Mais um que terminei de ler já sabendo que um dia irei reler.

Eu nem sabia que gostava de mitologia de fadas até ler essa belezinha que só descobri graças ao Kindle Unlimited. A história em si é bem simples e tem ares de contos de fadas moderno, mas tudo é tão fascinante! Logo no início, fui fisgada pela escrita gostosa de Holly Black, que me fez ficar presa à tela do Kindle, e não demorei muito para me sentir completamente imersa naquele universo. Ah, e eu amei os personagens!

Desde que vi o Vitor divulgando a capa do livro lá no Twitter, fiquei curiosa. Aí, quando duas amigas minhas começaram a ler, não perdi a oportunidade de ler junto e que bom que fiz isso, pois amei a leitura. Aqui, o que mais se destacou para mim foi a voz do Vitor. Ele escreve de um jeito dinâmico que envolve o leitor. A história de Jonas e Arthur é uma delicinha de acompanhar e, ainda que o livro aborde temas tristes, ele o faz de forma leve e divertida. Torço muito para que tenha alguma continuação e, principalmente, para que o Vitor escreva mais sobre Bart e Tod.

O desfecho da trilogia que começa em A Rebelde do Deserto foi tudo o que eu imaginei e ainda mais. Até agora fico meio alucinada com a quantidade de informação que a autora colocou no último livro, desde o universo em que a história acontece, passando pela mitologia dos gênios, até o desfecho cheio de reviravoltas. Raramente acontece de eu chegar ao fim de uma trilogia - principalmente young adult - sentindo vontade de ler mais e mais histórias com os mesmos personagens, mas aqui isso aconteceu. Não queria dizer adeus para Amani, Jin, Shazad e toda a magia de Miraji. Recomendo bastante a leitura para quem gosta de fantasia estilo Aladdin e com bastante aventura.

A Incendiária (Stephen King)
Mais um livro do King! Confesso que não havia percebido o quanto gostei de A Incendiária até chegar ao final e começar a sentir saudades dos personagens. A história é cheia de ação, mas, de forma bem curiosa, muitas vezes a narrativa assume um ritmo mais lento. No início, isso me incomodou, mas depois percebi que o livro não era apenas uma história de ficção científica meio Stranger Things, mas sim uma história sobre um pai e uma filha. Os personagens são muito reais, tanto Charlie e Andy, quanto seus antagonistas. Rainbird é assustadoramente fascinante. Recomendo bastante a leitura também!

A Redoma de Vidro (Sylvia Plath)
Ainda que tenha falhado miseravelmente em minha meta dos livros para ler em 2018, consegui, pelo menos, lidar com as pendências de 2017! E ainda bem que o fiz porque A Redoma de Vidro se tornou um dos meus livros preferidos da vida. Já tinha visto pessoas comentando sobre o quão forte era o impacto dessa leitura e, apesar de ter duvidado um pouco, logo me dei conta de que o fiz em vão. Mais uma vez, não tive chances de não gostar do livro, uma vez que aqui também temos uma história coming of age; e, nesse caso, me lembrou O apanhador no campo de centeio (um dos meus livros preferidos também!) em alguns momentos. Porém, sinto que Sylvia Plath foi além, já que também mostra todo o processo em que a protagonista vai, aos poucos, sendo consumida pela depressão. É um livro forte, incômodo e que me deixou muito desconfortável. Mas adorei ter lido. Recomendo para todos.

Minha Lady Jane (Cynthia Hand, Brodi Ashton e Jody Meadows)
Fiquei curiosa em relação a esse livro desde que comecei a vê-lo pelo booktube. Aí, assim que o vi por um preço em conta na Loja Kindle, comprei e salvei para um momento oportuno. E isso aconteceu em outubro, justamente quando começamos a viver um período muito intenso aqui no Brasil e tudo que eu precisava era uma leitura leve, descontraída e que me envolvesse. E foi justamente isso que Minha Lady Jane fez. Aqui temos uma versão alternativa da história real de Lady Jane Grey, também conhecida como a Rainha de Nove Dias, que foi executada. Incomodadas e com a intenção de fazer justiça à Lady Jane, as autoras ambientaram a história em um contexto de fantasia - existem pessoas que se transformam em animais! - e, não só conseguiram dar à protagonista uma história digna, como também o fizeram de forma divertidíssima e mirabolante. Eu amei os personagens, eu amei o senso de humor e, principalmente, eu amei como esse livro me deixou com vontade de me informar mais sobre os Tudor.

Sobre a Escrita (Stephen King)
Foi aqui que percebi que Stephen King é, de fato, especial e merecedor de todos os elogios que recebe. Ainda não terminei a leitura, mas optei por considerá-la de 2018 e uma das melhores porque a metade que já li foi o suficiente para eu perceber que esse livro é um dos favoritos da minha vida e que irei voltar à suas páginas muitas vezes no futuro. Além de contar um pouco de sua história, King compartilha com seus leitores os seus aprendizados ao longo de sua trajetória como escritor e o resultado é uma aula inspiradora tanto para quem quer escrever, quanto para quem está à procura de algum incentivo. Nem preciso dizer que a leitura é recomendadíssima também, né?