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31 de dezembro de 2024

Algumas leituras que fiz nos últimos tempos - parte 2: as leituras de 2024





Someday, Someday, Maybe (Lauren Graham) ★★★
Fiz essa leitura em janeiro e já . não consigo me lembrar de detalhes específicos, mas gostei da ambientação nos anos 90 e da atmosfera de comédia romântica.

A Chama de Ember (Colleen Houck) ★★★
Acho que dá para dizer que este livro foi uma decepção, mas não sei dizer exatamente o que foi que deu errado, já que a história tem vários elementos que eu gosto. E a ambientação é ótima; eu realmente consegui me sentir transportada para aquele universo. Jack é o meu personagem preferido da história.

A Canção de Aquiles (Madeline Miller) ★★★★★❤
Sem dúvidas a minha leitura favorita de 2024! Me apaixonei por Aquiles, assim como Pátroclo, e adorei acompanhar a narrativa da Guerra de Troia por esse olhar. O final do livro é um dos mais bonitos que eu já li! ❤

As Sete Mortes de Evelyn Hardcastle (Stuart Turton) ★★★★
O livro mais maluco que li em 2024! Lembro de detalhes, mas também já me esqueci de várias coisas. Acho que o melhor do livro fica por conta da mistura de whodunit com viagem no tempo (não é exatamente isso, mas é a melhor forma que eu consigo explicar). O final e a explicação sobre os mistérios em relação ao protagonista e toda a circunstância que o envolve achei meio meh, mas ok. Ainda é um dos melhores livros que li este ano.

The Vampire Knitting Club - Volumes 1, 2 e 3 (Nancy Warren) ★★★
Adorei essa série de cozy mystery! Gosto dos personagens e da ambientação; não tenho muito à acrescentar além disso. Dos três livros que li, acho que o segundo foi o que mais gostei da investigação, mas o terceiro foi o mais envolvente com toda a história envolvendo arqueologia e o Antigo Egito. Também gosto do leve romance entre a Lucy e o Rafe.

BECK: Mongolian Chop Squad - Volume 22 (Harold Sakuishi) ★★★★
Não acredito que mais um ano está chegando ao fim e eu ainda não terminei a leitura desse mangá! Sinceramente, não sei o porquê disso acontecer; eu realmente adoro essa série e os personagens. Não me lembro mais o que aconteceu neste volume, mas preciso continuar a leitura. Ainda faltam 12 volumes!

O Circo Invisível (Jeniffer Egan) ★★★★
Primeiro, o mais marcante é o fato de eu ter conseguido concluir a leitura deste livro, que eu já havia tentado ler e abandonei em 2021. De forma geral, gostei. Mas me irritei bastante também. Esperava que este livro me trouxesse algo parecido com o que senti lendo As Virgens Suicidas e As Garotas e, de certa forma, foi o que aconteceu, mas o ritmo foi o empecilho e me travou várias vezes. O romance foi estranho também. Acho que o que mais gostei foi a ambientação e a maneira como o livro quebra aquele romantismo e aquela idealização da juventude hippie dos anos 1960. Apesar de sentir que algo me impediu de gostar mais deste livro, também tenho a impressão de que vou me lembrar dele por muitos anos.
 
Treze à mesa (Agatha Christie) ★★★★★
Acho que este é um dos poucos livros da Agatha Christie para o qual dei cinco estrelas no Goodreads depois de ler. O mistério foi realmente bem construído e não consegui adivinhar o final. O epílogo (?) com aquela carta foi incrível. Acho que este será um dos meus casos favoritos do Poirot.

Dama da Meia-Noite (Cassandra Clare) ★★★★★
Voltei ao universo dos Caçadores de Sombras e algo me diz que essa será a minha trilogia favorita. O romance principal me irritou, achei chato demais ficar lendo sobre como Julian e Emma se amam, mas nunca vão poder ficar juntos; espero que este aspecto diminua nos próximos livros. E espero, de verdade, que depois daquela última frase do Mark no final, o próximo livro traga algo mais interessante. Aliás, Mark é o melhor personagem!

30 de dezembro de 2024

Retrospectiva de journaling 2024 | Journal Chronicles #04


A prática de journaling já se tornou algo tão comum na minha vida que não tenho muito para acrescentar sobre este hábito em 2024. Acho que em alguns momentos, principalmente no início do ano, estava ansiosa e me pressionei para manter um journal; então gostaria de deixar as coisas mais leves em 2025. Gostaria de me lembrar que não preciso escrever se não estiver com vontade ou se não tiver nada para dizer. Só preciso me lembrar que o meu objetivo é me registrar, escrever para lembrar.

Journals #22 - #27

Journal #22: quando penso nesse journal, a primeira palavra em que penso é confusão. Nada faz muito sentido nos registros dessas páginas e também não gosto muito de como decorei as páginas. Comecei decorando de um jeito e depois me arrependi e mudei o estilo. Como disse, confusão.

Journal #23: meu maior problema com este journal é que quando comecei, ele já estava decorado há meses e não refletia mais a minha aesthetic pessoal do momento em que comecei a usá-lo. Fica aqui o lembrete para controlar a empolgação para decorar as páginas de um caderno novo assim que ele chega à coleção. Também me lembro que quando estava nesse journal, perdi bastante tempo pensando em tintas e canetas. Lembrando disso agora, resolvi que irei manter as coisas mais simples em 2025.

Journal #24: adorei decorar as páginas deste journal e o aspecto mais outonal. Também me empolguei voltando ao tamanho B6, apesar de preferir o formato A5. Sobre o conteúdo, já não me lembro muito bem, mas estava neste journal quando The Tortured Poets Department foi lançado e são suas páginas que guardam as minhas primeiras impressões do álbum.

Journal #25: este eu gostei ainda mais de decorar do que o anterior! Mantive a estética outonal com as fadas e lembro de ter passado por uma frustração inicial com uma tinta verde que havia escolhido especialmente para este journal, o que me fez retornar ao preto básico e também ao marrom.

Journal #26: é bem capaz de esse ser o journal mais bonito do ano; realmente gostei do resultado da decoração e da combinação de cores. Também acho que este é o journal mais importante que mantive este ano.

Journal #27: é difícil dizer o que penso desse journal, já que estou nele até agora. Acho que só vou saber com certeza o que acho dele daqui há um tempo. Este também é um journal que já estava decorado e, assim como aconteceu com o Journal #20, foi composto por dois daqueles cadernos que comprei na Daiso e que, provavelmente, são os meus favoritos. Tenho usado caneta tinteiro e gel e intercalado as cores preto e violeta/roxo.






Journal favorito:
Provavelmente, #25 e #26. São os mais bonitos do ano, deixei a minha criatividade solta e adorei o resultado. Em relação ao conteúdo, provavelmente, o #26; mas talvez o #27 também seja.


Journal menos favorito:
Sem dúvidas, o #22. Eu estava um caos e o journal, refletindo este estado, também ficou caótico.

Técnica favorita:
Em 2024, eu não testei nenhuma técnica diferente; talvez seja uma boa ideia pesquisar algumas para 2025.

Caneta favorita: 
O modelo safari genérico lilás que comprei no AliExpress, minhas Jinhao 82 nas cores lilás, rosa e bege. Coloquei uma pena <M> da Platinum na lilás (a caneta que comprei na Daiso simplesmente quebrou) e ficou perfeita! Minhas queridinhas Pentel Energel 0.5 retráteis também brilharam muito nas cores preto e violeta.



Tinta favorita:
Pelikan 4001 nas cores Royal Blue e Brilliant Black, além da minha misturinha Perfect Coffee.


Total de journals em 2024: 6
Total de páginas em 2024: aproximadamente 969

Objetivos para 2025:
Manter as coisas mais leves, sem me pressionar para escrever se não estiver com vontade. Usar as coisas que eu tenho ao invés de gastar dinheiro com coisas novas.

29 de dezembro de 2024

Meus decks de tarot favoritos em 2024

Em 2024, não me aprofundei quase nada no uso e no estudo das cartas de Tarot, mas mesmo assim, quero manter a minha tradição pessoal de registrar a minha lista de favoritos do ano. Mesmo com o meu foco completamente disperso, foram esses os decks que me marcaram de alguma forma e me proporcionaram leituras e insights valiosos.


5° Witches Tarot
Este é um deck que não uso muito desde que o adquiri, em 2021, mas que sempre foi bem eficaz e confiável. Usei pouco também em 2024, mas foi o suficiente para saber que estas são cartas que quero manter na minha coleção e, eventualmente, estudar de forma mais aprofundada. 


4° Delos Tarot
Ok, este eu usei tão pouco que é injusto falar qualquer coisa definitiva sobre. Falando de forma bem sincera, tenho a impressão de que ele parece esconder algo bem mais profundo do que as imagens divertidas e descontraídas. Em todo caso, no pouco que usei, este foi um deck bem direto. Quero também dedicar um tempo para melhor estudar suas imagens. 


3° Everyday Witch
Meu fiel escudeiro! Usei este deck principalmente para fazer tiragens de reflexões ao longo do ano. Como já mencionei, ele se assemelha bastante com o Rider Waite Smith (RWS) para mim e leio de forma bem intuitiva e natural. Porém, como ele tem símbolos de outros sistemas incorporados (astrologia, runas e, possivelmente, alquimia) também acho que é um deck que merece um estudo mais aprofundado em algum momento. De qualquer forma, gosto de saber que com ele é possível fazer leituras bem eficientes e sem precisar de muito aprofundamento em outros assuntos e, por enquanto, é assim que tenho preferido.


2° Morgan - Greer Tarot
Com cada ano que passa, mesmo com pouco uso, a minha relação com este deck se torna mais familiar e profunda. Desde que o adquiri, em 2021, sinto uma familiaridade meio inexplicável em relação à essas cartas e algo me diz que, eventualmente, elas se tornarão as minhas favoritas. Só o tempo dirá De qualquer forma, acho que o que mais gosto nelas é que são bem versáteis, proporcionando leituras mais simples, mas também mais profundas e complexas. E sempre de forma bem clara e direta.


1° Smith Waite Centennial
O sistema RWS é o meu favorito desde que decidi me aventurar pelas terras do Tarot (porém, para ser justa, nunca dei uma chance real para o Thoth), mas foi só em 2024 que comecei a realmente estudar a simbologia nas imagens das cartas e buscar compreender os significados reais de acordo com seus criadores, para além do superficial, da primeira camada de cada uma. Ainda assim, até hoje não consegui decidir qual versão do baralho desenhado por Pamela Colman Smith é a minha favorita, mas em 2024, sem dúvidas, a escolha é do Centennial. Depois de uns anos usando a minha versão pocket sem bordas chinesa, resolvi adquirir a versão em tamanho maior e tem sido amor desde então.

30 de novembro de 2024

Algumas leituras que fiz nos últimos tempos

Mesmo faltando um mês para o ano acabar, eu já considero este ciclo encerrado e estou pensando em retrospectivas e listas de favoritos (livros, músicas, stationary, etc.) e objetivos para o ano que vem. Como ainda estou concluindo as minhas leituras de 2024, vou esperar para falar de tudo de uma vez. Então, neste post vou falar brevemente sobre o que li nos últimos tempos (leia: antes de 2024, mais especificamente nos anos 2022 e 2023, já que só fui leitora de verdade até 2021, rs). 


The Neverending Story (Michael Ende) | ★★★★★ ❤
Foi uma releitura de um dos meus livros favoritos da vida, lido pela primeira vez quando eu tinha 14 anos. Gostei de perceber o quanto da história permanecia viva em minha memória e o quanto foi redescoberto. Dessa vez, o que mais chamou a minha atenção foi a segunda parte, que é bem mais profunda e complexa do que meu eu adolescente percebeu. Como parte dessa releitura ocorreu durante a primeira etapa da minha super ressaca literária, a impressão é de ter perdido alguns detalhes. Mas não é nada que não possa ser corrigido em uma próxima releitura.

Tales From The Shadowhunter Academy (Cassandra Clare & outros autores) | ★★★★★
O universo Shadowhunter é um dos meus favoritos na literatura e eu adoro acompanhar as histórias e os personagens. Neste livro, o foco é no Simon e suas experiência na academia dos Caçadores de Sombra. É um livro de contos e gostei desse aspecto; gostei também de conhecer novos personagens e reencontrar outros, além de já ter uma prévia dos temas abordados nos próximos livros das séries (spoiler: já comecei Os Artifícios das Trevas). Simon é um personagem que foi me conquistando conforme eu avançava na leitura dos livros e achei justo que ele tivesse o protagonismo neste volume que funciona como uma ponte entre a série original e a sua continuação.

Depois (Stephen King) | ★★★
Esse livro foi ok, bem o que eu esperava. Não mudou a minha vida, mas foi divertido. Falei melhor sobre ele neste post.

Witch's Canyon (Jeff Mariotte), Supernatural, livro #2 | ★★★
Já faz mais de um ano que li esse aqui e confesso que não lembro de quase nada. A história é curiosa e acho que teria se tornado um dos meus episódios favoritos da série caso houvesse existido neste formato. O que mais gostei foi a ambientação no Grand Canyon.

Horrorstör (Grady Hendrix) | ★★★
Grady Hendrix foi uma das melhores "descobertas" que fiz nos últimos anos e, apesar de não ter achado este seu melhor livro dentre os que eu li, a leitura me manteve interessada do começo ao fim. Achei bem criativa a proposta de história que acontece em uma loja de departamento assombrada. Já me esqueci dos detalhes, mas recomendo mesmo assim. O audiobook é bem legal.

Sem Coração (Marissa Meyer) | ★★★★★ ❤
Provavelmente, o meu favorito dessa lista. Não li muitos retellings na vida, mas sei que esse é um dos meus tipos favoritos de história, principalmente se forem de contos de fadas ou histórias marcantes e bem conhecidas da infância. Aqui, a protagonista é a Rainha de Copas antes de enlouquecer e mandar cortar a cabeça de todo mundo. Adorei a forma como a autora revisita o universo criado por Lewis Carroll deixando tudo bastante familiar e, ao mesmo tempo, trazendo um frescor. O nonsense e o humor já conhecidos e esperados estão presentes e combinam com o romance que é introduzido. Jest <3.

A Casa do Penhasco (Agatha Christie) | ★★★★
Exatamente o que eu queria e esperava da experiência. Fiquei um pouco decepcionada com a resolução, mas não o suficiente para achar o livro fraco. É difícil eu não gostar de uma aventura com o Poirot.

A Cidade de Vapor (Carlor Ruiz Zafón) | ★★★★
Mais um livro de contos. Aqui o protagonismo é da Barcelona amaldiçoada da série do Cemitério dos Livros Esquecidos. Quase todas as histórias são avulsas e sem relação direta com os livros da série, mas isso não é um problema. Acho que o ponto forte das histórias está na ambientação, na forma como o autor cria uma atmosfera misteriosa e macabra e que parece permear todas as suas histórias. Para ser justa, eu não sou uma grande leitora de contos, normalmente não me conecto com esse tipo de narrativa e não costumo reter muito na memória depois de um tempo. Em todo caso, O Príncipe do Parnaso é o meu favorito.


2 de setembro de 2024

Listen To Your Heart (Roxette, 1988) | FAVORITRACKS #02

Listen To Your Heart é uma daquelas músicas que, se você foi criança nos anos 90 e ouvia a rádio Alpha FM de São Paulo, você conhece. É o tipo de música que conheço desde que consigo me lembrar; é clássica.


Apesar de ter certeza disso, a memória mais antiga que consigo ter dela é dos anos 2000, mais precisamente de estar assistindo à um DVD que meu pai comprou em uma barraquinha de camelô e que continha uma seleção de flashbacks. Várias daquelas músicas são verdadeiras preciosidades e lembro sempre com carinho.

Acho que é por isso que não consigo dizer muita coisa sobre Listen To Your Heart, a nostalgia que a envolve talvez seja a principal razão de gostar dela e de nunca dar a devida atenção à letra. Mas acho que o refrão é bem direto e enfatiza a mensagem central da música.

E essa música tem toda uma aesthetic que, mesmo sem assistir ao vídeo ou ter acesso à qualquer imagem da dupla Roxette, a gente consegue formar uma imagem na nossa mente. Eu penso em vaporwave e neon. Jaquetas de couro e penteados bem exagerados. Maquiagem escura. É aquela coisa mágica que parece só existir nas músicas dos anos 80.

Da letra, o trecho que mais se destacou para mim agora foi the precious moments are all lost in the tide/ they're swept away, nothing is what it seems/ the feeling of belonging to your dreams.

Antes de escrever o post, fui procurar covers e me lembrei da versão de Glee cantada pela Lea Michele e pelo Josh Groban na 6ª temporada. Ela ficou realmente boa, recomendo bastante. Recomendo também o álbum Look Sharp! (Roxette, 1988). 

Gosto da música e ela certamente merece um espaço na minha playlist de favoritas. Mas ela é a favorita? Não.



1 de setembro de 2024

Sign of the Times (Harry Styles, 2017) | FAVORITRACKS #01

Há um tempo eu comecei a me perguntar qual seria a minha música favorita e não consegui responder. Acho que gosto de músicas demais para conseguir escolher apenas uma que seja a minha favorita. Ou talvez eu não tenha pensado muito bem sobre o assunto; então eu resolvi criar um desafio para ver se eu descubro, entre as minhas músicas favoritas, qual é a favorita. 

Basicamente, abri a minha playlist de favoritas no Spotify, ativei o shuffle e agora vim aqui registrar alguns comentários sobre as música que saiu. A ideia é repetir o exercício até chegar à alguma conclusão.


A primeira faixa selecionada pelo algoritmo é a belíssima Sign of the Times, do igualmente belo Harry Styles. Desses artistas mais atuais, o Harry é um dos meus favoritos, apesar de eu não me empolgar mais com os lançamentos dele e de não ter parado para dar a devida atenção aos seus álbuns desde o primeiro deles, o homônimo lançado em 2017. Sign of The Times foi o debut solo do Harry, assim como lead singles do álbum.

Gosto da sensação de fim do mundo e apresentada na música e do escapismo apresentado como solução. Lembro daquele ano e a impressão que eu tinha era mesmo a de que o mundo havia se transformado em um caos absoluto e caminhava para o seu inevitável fim. Pensando nos anos que se seguiram, 2017 foi bem inofensivo. De qualquer forma, seguimos vivos e o mundo não acabou. 

Ouvir essa música hoje me faz sentir certa nostalgia em relação à época de seu lançamento e, ao mesmo tempo, um grande alívio por aquela fase agora ser parte do meu passado. Em todo caso, penso com carinho em Sign of the Times e nas lembranças afetivas que ela me desperta.

É a minha favorita da vida toda? Não. Mas acho que é a minha favorita do Harry Styles.





20 de agosto de 2024

Journaling em 2024 até o momento | Journal Chronicles #03

2024 tem sido um ano esquisito para mim no departamento de journaling. Na verdade, acho que é mais que esquisito; na verdade, não tenho sentido muito o hábito na minha vida desde o final do ano passado. Apesar da frequência com que escrevo para mim ter diminuído, ainda consigo manter alguma constância. Até o momento, já preenchi quatro cadernos em 2024. Só que algo está meio travado, meio morno; não tenho sentido aquela empolgação para escrever. Não sei se diria que estou passando por um journaling slump, mas definitivamente estou em uma fase meio sem graça.

Talvez seja apenas o reflexo de como a vida anda no momento? Ou talvez, de como eu acho que ela está andando no momento? Ou talvez seja porque estou vivendo um momento de silêncio e não sei bem como lidar com isso. Estou tão acostumada a estar sempre dialogando comigo na minha cabeça que quando resolvo ficar quieta, acho estranho e começo a pensar que deve ter algo de errado. Mas, sabe, os silêncios são necessários. E isso vai refletir na escrita, no journaling.

Em todo caso, tenho mantido alguma forma de registro como posso. Definitivamente a maior mudança nesse departamento da minha vida foi o abandono do bullet journal. Se não me engano, me mantive firme e forte nessa forma de organização de responsabilidades desde 2018, até que simplesmente não consegui mais suportar a ideia de precisar personalizar as páginas para que elas se adaptassem às minhas necessidades. Acho que esse é o ponto mais legal do método bullet journal e funcionou muito bem para mim durante todos esses anos, mas precisei mudar.

Então voltei para as agendas; neste caso, para uma agenda planner (nem sabia da existência deste conceito) e, mesmo estranhando no início, logo me adaptei. Ainda acho que não tenho necessidade de todas as funcionalidades e certamente algumas seções ficarão em branco até o final do ano, mas devo repetir a experiência em 2025; inclusive, já estou namorando os modelos da coleção da Cícero para o ano que vem. 

Ah, sim, este ano estou usando o modelo Pássaros - Floresta Tropical na cor branca, tamanho A5. Não estou me sentindo muito tropical este ano (aliás, só fui à praia uma vez e foi em janeiro), mas acho essa capa linda e certamente me sinto mais motivada a buscar uma vida organizada toda vez que vejo a capa bonita.

Já o journal da vez é o de número 26! Depois de dois cadernos em tamanho A5 nos quais me senti profundamente intimidada, resolvi mudar para B6. Tive duas experiências com o tamanho em 2022 e minhas boas lembranças ajudaram a tomar essa decisão em abril. Já estou no terceiro nessas medidas e acho que devo seguir assim até o fim do ano, mas nunca se sabe que tipo de mudança posso decidir fazer com a chegada da primavera. 😅

A falta de empolgação se estendeu também para a categoria das canetas, de forma que não saberia dizer se tenho algum tipo de preferência no momento. Na agenda, tenho usado a Pentel Energel retrátil de ponta 0.5 mm na cor navy blue e faço alguns detalhes usando um marcador verde pastel da Cis e também um verde água (turquesa?) pastel da Faber Castell que esqueci de fotografar. No journal, usei um pouco este outro modelo da Pentel Energel, da linha (?) Wave, na cor verde com ponta 0.7 mm e achei a cor bem bonita, mas detestei a falta de conforto proporcionada pela caneta. O pior é que comprei pela Amazon e tive que comprar mais de uma; e comprei da marrom também! 😭

Em algum momento, decidi parar de experimentar com cores e voltei para o preto básico. Usei um pouco essa Oval, da Spiral, que também tem ponta 0.7 mm e gostei de como a cor fica viva no papel e também de como ela é macia para escrever; mas senti que ela passou um pouco para o outro lado e depois de um tempo, começou a falhar. Ainda assim, valeu a experiência. Tenho uma azul também, que terei que usar eventualmente. Depois dessas duas experiências medianas com canetas gel, voltei para as tinteiro. A da vez é um modelo genérico da Lamy Safari que comprei na AliExpress; queria uma em cor pastel e me contentaria com um modelo Jinhao 777, mas como já tenho o trio macaron, fui atrás de outra cor (consumista, eu?) e acabei comprando logo três. A amarelinha é uma graça e a escrita é deliciosa, super macia, parece que está deslizando pelo papel.

Ela é ponta fina, mas acho que é um pouquinho mais grossa que as da Jinhao 777 e isso faz toda a diferença. Comprei também a de cor lilás, que é tão confortável e perfeita quanto a amarela. O mesmo não digo da branca que adquiri na mesma compra. Acho que é sempre uma questão de sorte e azar quando a gente compra esses produtinhos baratos da China. 

Segue abaixo um teste das canetas gel, caso alguém se interesse por esse tipo de coisa.

E por hoje é só! Até o próximo post! 😉


20 de junho de 2024

The road so far #03 • 20/06/2024

Diz o ditado que quem é vivo sempre aparece, então aqui estou! Já faz mais de um ano que fiz um post desse tipo, então é bem provável que a minha memória vai me trair, mas vou tentar fazer o meu melhor nesse resumão da vida até agora. 😅

Vida
Após um semestre estudando Psicanálise, decidi parar. A verdade é que, além de não estar satisfeita com a estrutura do curso e nem com o método, também não acho que estava no momento adequado para embarcar em uma jornada tão profunda e séria como essa. Ainda não decidi como (e se) vou retomar os estudos. 
Boa parte do ano de 2023 foi em reformas aqui em casa. A experiência toda, como é de se esperar, foi caótica e cansativa e, graças à Deus, já passou. Espero não ter que passar por isso de novo tão cedo. Em todo caso, algo de muito positivo saiu dessa experiência: Chico, o gato da família. Durante todos os meses de reforma, o gatinho do novo vizinho resolveu nos visitar e, aos poucos, foi nos adotando. Agora, ele oficialmente mudou de casa e de família e é a alegria de todos nós. Então é isso, agora eu sou gateira e mãe de pet. 😸

Chico, meu gatinho gostoso (26 de junho de 2023)

Por fim, em abril (ou foi maio?) fiquei doente e acho que foi dengue. Foi horrível, tive febre como nunca tive antes e, basicamente, passei dias apenas existindo para dormir. Felizmente, me recuperei sem muitas complicações e agora passo bem.

Blog & vida online
Parte da parca quantidade de posts neste espaço nos últimos meses se deve à minha falta de identificação com o mesmo. Senti que precisava fazer algumas mudanças para me sentir mais motivada e espero que tenha encontrado a solução. Mudei o layout usando um dos modelos clássicos do Blogger e gostei do resultado; ficou com cara de blog das antigas e sinto que isso tira um pouco da pressão auto infligida para atualizar. Também achei necessária uma mudança no nome e agora o blog se chama a journal keeper. É uma mudança sutil, mas para mim fez toda a diferença. 
No que diz respeito aos meus outros espaços online, decidi desativar o meu blog literário porque não via mais sentido em continuar a manter um espaço em que basicamente replicava posts do Instagram. De forma geral, minha forma de compartilhar minhas leituras mudou bastante nos últimos anos, tenho optado por algo mais breve e pouco sério. Então, o perfil @michasreads já é o suficiente. Como gosto de seguir listas literárias e fazer desafios (de uns tempos pra cá, na velocidade de uma lesma!), criei o espaço readingchallenges14 para arquivar as minhas opiniões sobre essas leituras especificamente. É o mais próximo que cheguei de manter um caderno de leituras. A ideia é manter um registro pessoal, mas optei por deixar público porque pode ser de utilidade para alguém. 😊

Journaling
Minha rotina de jounaling não trouxe nada de muito diferente até o momento em 2024. Depois de dois cadernos A5, decidi mudar para B6 e acho que esse será o formato no qual devo seguir até o fim do ano. 

Journal atual, #25, tamanho B6; caneta Jinhao 82 na cor Milky e com ponta M. (19 de junho de 2024)

Tive algumas experiências desconfortáveis com canetas que resultaram em dores na mão e, por isso, tive uma fase de caneta gel (Pentel Energel <3), mas agora já voltei para as tinteiro e my one true love têm sido as Jinhao 82; já tenho quatro em tamanho normal e uma mini e não confirmo e nem nego que ontem tenha adquirido mais uma. Quando eu viro a louca do stationary, ninguém me segura. Entre as tintas, Royal Blue (Pelikan 4001) e Graphite (Diamine) são os maiores destaques. No momento, estou me registrando em marrom (mistura de Brilliant Brown e Brilliant Black, da Pelikan 4001).

Leituras
Ainda não recuperei o meu ritmo de leitura dos tempos de Youtube, mas acho que estou melhor do que nos últimos dois anos. No momento, estou apaixonadinha por uma série de cozy mystery disponível no Kindle Unlimited e na Audible chamada The Vampire Knitting Club que é basicamente whodunit com vampiros que gostam de fazer tricô na cidade de Oxford. 
Outras leituras que realizei nos últimos tempos e que merecem destaque são: A Canção de Aquiles e The Seven Deaths of Evelyn Hardcastle. Livros bem diferentes, mas que me ganharam e certamente estarão entre os favoritos do ano. 

Filmes & Séries
Sigo me atualizando na velocidade de Morla, a tartaruga anciã. Dos que assisti, destaco os últimos dois filmes da franquia Pânico, que trazem a Jenna Ortega. Slasher é um dos meus gêneros favoritos e realmente não tenho do que reclamar nesses filmes. Não sei o que será do futuro da série, mas aguardo ansiosamente mais uma sequência.

Tarot
Não tenho explorado muito o universo das cartas este ano, mas quando o faço uso o bom e velho sistema Rider Waite Smith. Dois decks se destacaram até o momento em 2024: Morgan-Greer Tarot (um dos primeiros que comprei e que adoro, mas não uso muito) e o Smith Waite Centennial Borderless (clássico, não tem erro).
Também aproveitei os últimos tempos para fazer com a minha coleção de baralhos o que já faço há anos com a de livros: me desapegar. Alguns já foram vendidos e outros seguem à venda. 
Outro ponto que merece destaque é que me aventurei ainda mais no território das personalizações de decks. Além de colorir as laterais, decidi cortar as bordas de alguns e é impressionante o efeito que isso causa em algumas cartas. As imagens ganham vida. Adorei o resultado no Robin Wood Tarot e no Tarô Mitológico e não vejo a hora de usar.

Música
Obviamente, Taylor Swift. A mulher lançou mais trinta e uma músicas, então é bastante coisa para assimilar. Três meses depois, ainda não sei dizer exatamente o que penso de The Tortured Poets Department além de que gostei. Não sei onde o álbum vai figurar no meu ranking da Taylor e nem se será um dos meus trabalhos favoritos, mas por enquanto, é o que eu mais tenho gostado de ouvir.
Achei o álbum principal mais coeso, mas acho que à longo prazo, as músicas de The Anthology (não todas) serão as que nunca vão sair da minha playlist.

No momento, o meu TOP 5 TTPD é o seguinte:
1 - The Albatross
2 - The Black Dog
3 - So Long London
4 - Peter
5 - But Daddy I Love Him

Também acho que é preciso falar da bridge de The Smallest Man Who Ever Lived, que já entrou para a  minha lista de bridges favoritas da Taylor. Sem dúvidas "I would've died for your sins, instead I just died inside" está do lado de "You kept me like a secret, but I kept you like an oath" na lista de letras impactantes e dolorosas. Ainda estou processando o fato de que o álbum é quase todo sobre o Matty Healy. A Taylor Swift é mesmo uma caixa de surpresas.

Além de Taylor Swift, também ouvi bastante essas músicas: 

1. Mercy Mirror (Within Temptation) - eu amo essa música e durante meses ela ficava no repeat.
2. My Songs Know What You Did In The Dark (Fall Out Boy) - nunca gostei de Fall Out Boy, mas essa música é boa demais e merece reconhecimento.
3. Fallen Angel (Gabrielle) - certa vez ouvi essa música no rádio e não consegui descobrir o nome; durante anos fiquei com a melodia do refrão na minha cabeça na esperança de que um dia eu fosse conseguir descobrir; demorou, mas consegui. Agora esta é uma das minhas músicas favoritas.
4. Mmmbop 2.0 (Hanson feat. Busted) - os irmãos Hanson regravaram o maior hit da carreira deles e essa versão é tudo o que eu sempre quis e muito mais. PERFEITA.
5. Don't Fear The Reaper (HIM) - essa também é uma das minhas músicas preferidas da vida e eu adoro esse cover. Não supera a original do Blue Öyster Cult, mas é bem boa.
6. Better With You (Simply Red) - ouvi aleatoriamente no rádio e me apaixonei imediatamente; é uma música gostosinha e que nunca enjoa.
7. Dynasty (MIIA) - ouvi em um shorts aleatório no Youtube e achei bem legal, com cara de trilha sonora de The Vampire Diaries; é provavelmente uma das que mais ouvi em 2024.
8. Always Been a Dreamer (Staffan Carlén) - adoro essa música! Ela é nostálgica, envolvente e gostosinha demais de ouvir!
9. One of Us (The Hooters) - outra música favorita e nunca havia ouvido essa versão. Não sabia que a Joan Osbourne não era a compositora, mas sim os caras dessa banda. É uma versão bem diferente, mas bem bonita.
10. Expresso (Sabrina Carpenter) - tenho a impressão de que todo mundo que está vivo em 2024 não vai conseguir escapar dessa música e acho justo. É hit e merece toda a atenção. Adorei e estou bem empolgada para o próximo álbum da Sabrina Carpenter.


E é isso, por hoje é só! Até o próximo post! 😉

2 de abril de 2024

COISAS QUE GOSTEI: A Canção de Aquiles (Madeline Miller)

Eu sei que ainda temos muitos dias de 2024 para viver, mas acho que já posso afirmar que A Canção de Aquiles será um dos meus livros favoritos do ano! 😄



Aqui estão algumas das coisas que mais gostei na leitura:

🏛️ A AMBIENTAÇÃO
Adorei ser transportada para a Grécia Antiga e para uma história marcada pelos mitos, heróis e deuses gregos.

🏛️ A NARRATIVA
Aqui quem conta a história é o Pátroclo e ele é um excelente narrador. Adorei acompanhar a perspectiva dele dos acontecimentos que levaram à Guerra de Troia, assim como a maneira como ele nos apresenta ao famoso Aquiles.

🏛️ O AUDIOBOOK
Ter conhecido essa história quase que totalmente pelo audiobook tornou tudo mais real, talvez pelo fato de a narrativa acontecer em primeira pessoa. A narração de Diego Muras é ótima e bastante envolvente; pude acreditar que era o próprio Pátroclo quem estava conversando comigo e contando a história.

🏛️ O ROMANCE
Não dá para falar desse livro e ignorar a história de Pátroclo e Aquiles. É linda, é trágica e é apaixonante. Sem dúvidas, a parte mais bonita de toda a história.

🏛️ O EPÍLOGO
Na verdade, é o final do último capítulo, mas para mim tem cara de epílogo. E eu até agora não me recuperei dele. É lindo.

Recomendo demais a leitura! 😉

2 de março de 2024

COISAS QUE GOSTEI (E NÃO GOSTEI): The Ember's Lantern (Colleen Houck)


O livro é bem legal, de verdade, mas algumas coisas me incomodaram e vou tentar explicar.

Começando pelo que eu gostei: 

🍁A ambientação é ótima; tanto no mundo real, quanto no Outro Mundo, consegui me sentir transportada para outra realidade. Gostei de como autora descreve os lugares, as roupas, os objetos, etc. O nosso mundo parece o do filme "Os Irmãos Grimm", com Matt Damon e Heath Ledger, e Outro Mundo parece a animação "Planeta do Tesouro", da Disney, naquela vibe fanstasia stempunk.

🍁 Os personagens principais. Apesar de meio ingênua e teimosa em alguns momentos, gostei da Ember, principalmente depois da metade do livro; Jack é provavelmente o personagem que eu mais gostei e, se dependesse de mim, a autora poderia escrever outro livro como uma prequel contando as aventuras dele até o momento em que "A Chama de Ember" começa; também gostei do Dev, mesmo achando ele meio esquisito no começo e ter demorado para saber se ele era um personagem mocinho ou vilão, apesar de ser meio previsível quais eram as intenções da autora; Finney foi um dos que me surpreendeu, porque achei que ele seria um personagem secundário, mas acabou tendo bastante destaque na história e, de forma geral, é um dos mais legais; Delia, assim como Jack, merecia também um livro prequel contando suas aventuras como capitã pirata.

🍁 As referências ao folclore do Halloween e também à outras obras da literatura. Elas funcionam mais como easter eggs do que informações importantes para o desenrolar da história, mas mesmo assim achei legal.

🍁 A escrita de Colleen Houck. Este foi o meu primeiro contato com a autora e fiquei bem satisfeita. Gostei, principalmente, de como ela escreve os diálogos entre os personagens e como cada um deles tem uma voz bem definida.

🍁 A abóbora do Jack. O personagem mais adorável de TODO O LIVRO.

Agora, os aspectos que menos gostei: 

🍁 O ritmo esquisito. O livro começa envolvente e intrigante na medida certa, depois fica meio "meh", aí vem um monte de ação e reviravoltas, aí fica meio repetitivo e "meh", mais reviravoltas e fim! Acho que foi por isso que demorei tanto (quatro meses!) para concluir a leitura; em alguns trechos eu praticamente me arrastei. Tudo bem que isso pode ser algo mais pessoal e que não vai ser sentido por outros leitores, mas mesmo assim achei válido mencionar.

🍁 O triângulo amoroso. Para ser justa, eu quase nunca gosto de triângulo amoroso, então talvez eu não seja a melhor referência nesse ponto. Mas acho que para quem é fã, não seria um problema. (Obviamente, Jack é a única opção).

🍁 Os vilões. Acho que são três vilões e, com exceção de um, os outros são bem naquele estilo "sou mau porque sim" e fica por isso mesmo. Ah, e tem um momento que a gente descobre o grande vilão e... assim, sério? Novamente, para ser justa, eles cumprem suas funções de vilões, mas acho que se eles fossem um pouco mais aprofundados, o resultado teria sido melhor.

🍁 Solução rápida. Esse ponto tem relação com o ritmo esquisito. O livro inteiro é marcado por alguns mistérios e desconfianças e aí, nos últimos três (!) capítulos tudo começa a se resolver muito rápido, reviravoltas começam a surgir. Não que seja ruim, porque a autora realmente amarra tudo e não deixa pontas soltas, mas achei meio corrido.

Acho que é isso. O livro é uma leitura divertida, mais aventura de fantasia com romance do que terror paranormal. Mais middle grade do que YA. Nada disso exatamente um problema para mim, mas que pode ser para outros leitores desavisados ou que possam criar expectativas por causa da capa mais "dark". Se fizessem um filme adaptando o livro, eu provavelmente assistiria.

No Brasil, o livro foi publicado com o título A Chama de Ember pela editora Arqueiro.

12 de fevereiro de 2024

Someday, Someday, Maybe (Lauren Graham)


Eu realmente gostei da leitura e não queria que ela acabasse. Agora preciso de uma continuação para saber o que acontece no futuro da Franny.

O livro tem aquele estilo de comédia romântica dos anos 90 e é bem gostosinho de ler, o que me surpreendeu, já que esse não é exatamente o tipo de livro que eu costumo ler - sempre preferi assistir as comédias românticas. Porém, algo na forma como Lauren Graham escreve me envolveu completamente. Franny é uma protagonista muito cativante e com a qual sinto que muita gente consegue se identificar.

Acho também que a Lauren colocou muito dela e de sua própria experiência como atriz na construção da história e, se for o caso, é ótimo, pois torna tudo mais real. Aliás, imaginei o tempo todo a Franny como ela e, na minha cabeça, era a voz da Lauren falando bem rápido que estava narrando tudo. Adorei isso!

A história pode parecer meio batida e talvez previsível, mas isso não tira em nada o charme do livro. Sabe aquela coisa de ser menos sobre a história e mais sobre como se conta essa história? Então! Os personagens, cenários e situações são muito bem construídos. Me senti completamente transportada para a Nova Iorque dos anos 90, conseguia enxergar as ruas, as pessoas e as roupas que a Franny descreve. Ah, também gostei de ler as anotações e ver os rabiscos e desenhos que ela faz nas páginas do planner dela. 😄

História gostosa de ler, com humor, romance e drama na medida certa. Eu realmente espero que tenha uma continuação porque fiquei curiosa para saber o desfecho de alguns personagens.

No Brasil, o livro foi lançado pela editora Record com o título Quem sabe um dia e está disponível no catálogo do Kindle Unlimited.

26 de janeiro de 2024

Retrospectiva de journaling 2023 | Journal Chronicles #02

De forma geral, em 2023 o hábito de escrever no journal esteve tão presente na minha rotina que se tornou algo bem consistente. Diferente do que houve no ano passado, não me pressionei para escrever todos os dias e o hábito fluiu de forma bastante natural.

O maior aprendizado foi perceber quando o hábito se torna fonte de ansiedade por eu estar usando a ferramenta de forma errônea. Mais uma vez, me lembrei que o mais importante é a escrita e não a estética e quero cada vez mais voltar ao básico. Será que em 2024 conseguirei manter um journal sem decorar as páginas? Ou com apenas algumas colagens? Difícil saber.

Em determinados momentos, usei o journal de forma excessivamente autoanalítica (estudante de psicanálise, oi!) e acho que isso contribuiu também para a sensação de ansiedade. Então, quero voltar a trazer a leveza para a minha prática e a manter o foco na função de registro.

Com exceção do primeiro caderno de 2023 - o journal #15 -, todos os outros foram no estilo flex. Gostei, mas enjoei. Por ter sido, provavelmente, o meu estilo favorito em 2022, este ano acabei usando bastante e acho que vou dar um tempo no ano que vem. Ah, outro ponto: foi uma loucura usar cadernos com mais de 160 páginas! Eu disse que não iria repetir a experiência depois do journal #15, mas cinco cadernos depois lá estava eu cometendo esse absurdo com um journal de quase 300 páginas! Repito: uma loucura!

Para 2024, minha meta é voltar ao meu formato mais "clássico", isto é, os cadernos A5 de capa dura e cerca de 80 folhas.

Journal #15: o caderno mais bonito que usei em 2023, foi claramente feito para ser um diário. Espaçamento entre linhas satisfatórios, principalmente porque me permitiram usar canetas de ponta fina e grossa. Durante esse journal, vivi a saga em busca da cor marrom perfeita e, após misturar duas tintas, consegui! Porém, depois de 200 páginas, enjoei.

Journal #16: meu primeiro caderno Cícero e o journal em que mais gostei de escrever. No começo, achei que as linhas eram um pouco estreitas, mas logo consegui me adaptar. A qualidade do papel é realmente boa; usei caneta tinteiro e a tinta não vazou e também não fez sombra. Meus registros foram em azul, mais precisamente, a tinta Pelikan 4001 Blue Black.

Journal #17: gostei de como decorei as páginas usando bastante a cor azul, para combinar com a capa e também com a tinta. Porém, a qualidade do papel é a pior do ano. Realmente não gostei, achei muito fino. Porém, consegui contornar a situação usando apenas ponta extra fine.

Journal #18: apesar de estar gostando de escrever em azul, decidi mudar nesse journal e registrei em verde (Pelikan 4001 Dark Green); usei uma Pentel Energel 0.5 retrátil para escrever a data no início de cada registro e gostei da combinação; mantive a decoração das páginas com essas duas cores. A qualidade do papel é ok. Não é a melhor do mundo, mas é bem melhor que a do caderno anterior. O segredo aqui foi seguir escrevendo em ponta fina.

Journal #19: esse caderno foi o meu modelo favorito no ano passado e decidi reviver a emoção nesse journal. Infelizmente, o papel parece não reagir muito bem com caneta tinteiro e a minha experiência não foi tão boa quanto a anterior. Aqui voltei a escrever em marrom e usei o verde para escrever a data. As duas cores combinaram com os adesivos de café.

Journal #20: o maior journal de todos, com quase 300 páginas. Na verdade, ele foi composto por três cadernos iguais aos do journal anterior. Colei os três e usei washi tape para decorar a lombada. Mantive esse journal durante os meses de reforma em casa, quando todas as minhas coisas estavam guardadas em caixas; apesar de ser uma loucura, fez sentido na época, já que não queria correr o risco de não ter um journal para escrever. Fiquei nele durante quase todo o segundo semestre do ano e já estava bem enjoada quando finalmente cheguei ao fim. Quis testar outra marca de tinta e comprei a Graphite, da Diamine. Porém, também não funcionou e acabei comprando uma Pentel Energel 0.5. retrátil na cor Navy Blue. Foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado, adorei essa caneta.

Journal #21: ainda estou nesse journal e sei que ele vai me acompanhar até os primeiros dias de 2024. Apesar das experiências meio frustradas anteriores, decidi continuar tentando escrever com tinteiro e acho que finalmente encontrei a melhor opção para esse tipo de papel: minha fiel escudeira Jinhao 777 Powder Rosè, também conhecida como a minha primeira caneta e também a mais confiável. Estou usando outra tinta da Diamine, dessa vez é a cor Aurora Borealis; é um verde água lindo!

A Tina, do canal Overall Adventures, criou algumas categorias para fazer a retrospectiva dela no ano passado e gostei tanto que resolvi fazer aqui.

Journal favorito: o journal #16; amei o caderno, amei a tinta e o momento foi bom também, gosto dos registros que estão nas páginas desse journal.

Journal menos favorito: provavelmente, o #15 ou o #19. A vida é feita de altos e baixos e acho que esses cadernos têm os registros dos baixos de 2023. Provavelmente serão os journals do ano que menos terei vontade de ler no futuro.

Técnica favorita: registrar os meus sonhos logo que acordo. É impressionante como rapidamente nos esquecemos deles; eu mesma me esqueci de várias coisas e fiquei bem feliz de ter registrado.

Caneta favorita: a já mencionada Jinhao 777 na cor Powder Rosè; a minha linda Pelikan Jazz na cor Rose Gold; a Pentel Energel 0.5 retrátil na cor Navy Blue. 

Tinta favorita: Pelikan 4001 Blue Black. 2023 foi o ano em que me apaixonei por canetas tinteiro e tentei cores diferentes. Gostei de todas, mas acho que a Blue Black tem fortes chances de rivalizar com preto como minha cor preferida para escrever. Só lamento não ter encontrado ainda uma tinta Navy Blue.

Total de journals: 7

Número de páginas: aproximadamente 1146


Em relação aos meus objetivos para o ano que vem, não tenho muitos. Basicamente se resumem em não gastar com coisas novas (canetas, cadernos, tintas, adesivos, etc.) até eu terminar de usar o que já tenho. Espero conseguir :)

20 de janeiro de 2024

1989 (Taylor's Version) (Taylor Swift, 2023) | TayloReview #03

Entre os acontecimentos da última semana que mais me marcaram de alguma forma está o fato de que finalmente me entreguei ao 1989 (Taylor's Version). Acho que a minha vida estava tão caótica e desconectada que não estava conseguindo dar atenção às coisas que normalmente me deixam feliz. Mas, assim, sem muita explicação, lá estava eu apertando o play no Spotify e me permitindo contagiar pela obra-prima pop da Taylor Swift. 

Porque é isso, nenhum álbum pop dela vai superar o 1989. Nem mesmo a regravação. Ainda assim, há algo de especial em ouvir a Taylor Swift revivendo as músicas tantos anos depois. Aliás, praticamente uma década depois.

A voz dela está mais potente e a produção, de forma geral, está mais avançada com  novas tecnologias; e isso é bom, porém a emoção e atmosfera geral são outras. Tantos anos já se passaram que é como se a Taylor já não se lembrasse de como se sentiu quando escreveu as músicas do 1989. E acho que isso é bem normal, até porque ela viveu novas experiências e outros amores depois disso. Sem contar todas as conquistas profissionais que vieram após o álbum.

Em 2014, a Taylor queria se reinventar para se manter relevante na indústria, se desafiar e provar que ainda merecia ocupar seu espaço. O resultado é um trabalho que capturou todo esse anseio, assim como toda a loucura e intensidade que é ter vinte e poucos anos e ser enxergado como um adulto, mas sem se sentir como um. No fundo, a década dos vinte é como uma adolescência tardia para os millennials.

Toda essa atmosfera se perde na regravação, já que hoje a Taylor é uma mulher com uma carreira bem consolidada e com méritos profissionais reconhecidos e premiados. Toda a insegurança da jovem de 24 anos já não existe mais. É bem provável que a Taylor ainda tenha algumas incertezas, mas ela sabe quem ela é, o que quer fazer, para onde quer ir e o que esperar profissionalmente. Ela não precisa se provar mais. E acho que é justamente essa confiança que tira um pouco do brilho da regravação do 1989.

Ainda assim, gostei de finalmente ter conseguido ouvir o álbum e apreciar o projeto pelo que ele é. Como muitos, também considero algumas das escolhas de produção questionáveis e responsáveis por prejudicar algumas faixas; mas não quaisquer faixas e sim algumas das melhores do 1989 e da carreira da Taylor. Particularmente, músicas que eram minhas favoritas do álbum.

Lembro que em 2016, quando me tornei swiftie, nem pensava duas vezes antes fazer o meu top 3 do álbum: New Romantics, Out of The Woods e Style. Dessas, apenas uma ficou boa  - aliás, melhor que a original - na regravação: Out of The Woods. Style ficou esquisita e New Romantics parece uma demo.

Sobre as faixas From The Vault, dá para dizer com 100% de certeza que é a melhor seleção até o momento (tenho altas expectativas pelo que virá com a regravação do reputation). Todas as músicas são ótimas e a minha favorita é Say Don't Go, mas Suburban Legends tem um charme que pode torná-la uma favorita.