30 de janeiro de 2017

A trilha sonora do meu 2016 | RETROSPECTIVA 2016


Reza a lenda que o ano só começa de verdade depois do Carnaval e, por isso, vou aproveitar que ainda estamos no fim de janeiro para dar continuidade à minha retrospectiva, desta vez falando sobre as músicas, as vozes, as bandas e os álbuns que fizeram do meu fatídico 2016 um ano tolerável. Já começo por dizer que fazia muito tempo que não me sentia tão "musical" como me senti em 2016. É claro que tô sempre escutando música, mas não me recordo quando foi a última vez que fiz isso quase que com a mesma frequência com que respiro. Atribuo esta peculiaridade em minha personalidade ao fato de que o ano passado foi devastadoramente tenebroso e que apenas com uma trilha sonora 24/7 foi possível lidar com tamanho pesadelo.

E se 2016 foi um ano difícil, cheio de dores e crises para todos nós, no departamento musical foi só alegria. Primeiramente, porque resolvi explorar mais as funcionalidades e o catálogo do Spotify à procura de descobertas da semana e, também, porque abracei de vez a causa dos sentimentos como únicos fatos. E uma vez que fiz isso, não teve volta, abri as portas da felicidade e uma revolução aconteceu por aqui. Na real, se tivesse que descrever a vibe musical de 2016, diria que foi um constante *screams internally*. Mas, chega de enrolação e me deixem explicar como é que essa folia vai funcionar: começarei por entregar troféus para os vencedores de algumas categorias criadas por mim e depois, partirei para a fabulosa lista dos meus discos favoritos de 2016.
Disclamer: acho importante frisar que 1) não escutei todos os lançamentos de 2016 e 2) o post é sobre o que eu escutei em 2016 e, por isso, a retrospectiva irá incluir coisas que não necessariamente foram lançadas durante o ano. Na verdade, a maior parte dos álbuns é de 2015 (risos) (sou sempre aquela que chega atrasada para a festa).

E agora, sem mais delongas, senhoras e senhores, eis a minha Retrospectiva Musical 2016!

Escutei pouco, mas gostei e quero prestigiar em 2017

Nunca achei que fosse chegar o dia em que diria uma coisa dessas, mas a única resposta possível é Purpose (2015), do Justin Bieber. 2016 foi um ano bem pop por aqui e, no meio de tantas descobertas e lançamentos, não consegui dar a devida atenção ao que me parece ter sido o trabalho mais aclamado do xófem. Foram algumas as vezes em escutei o álbum e gostaria de destacar as faixas What Do You Mean?, Love Yourself e The Feeling.

Vou aproveitar para fazer uma menção honrosa ao Joanne (2016), da Lady Gaga, que escutei logo que foi lançado, mas parei de escutar depois de algumas semanas sem um motivo aparente. Das faixas, gostei principalmente de Million Reasons (pois é claro que sim) e Angel Down.


Achei que ia amar, mas flopou

Por mais doloroso que seja, não posso mentir: Glory (2016), da Britney. Vejam bem, não é que eu não tenha gostado, acontece que, depois de umas semanas já tinha enjoado e nem ligava mais.

Outro que entra nessa categoria é o Shawn Mendes. Numa dessas de sair explorando as possibilidades do Spotify, comecei a escutar as músicas do jovem e, por um breve momento, achei que ele preencheria momentaneamente o vazio em meu coração deixado pelo Ed Sheeran. Mas não. Acho que depois de uma tarde escutando Handwritten (2015), percebi que  não é pra mim e o resto é flop.

Morri de preguiça

mInD oF mInE (2016), dO gArOtO nOrMaL dE 24 aNoS, zAyN. Porque, convenhamos, o álbum todo é bem pretensioso (leia: muitos, muitos bocejos) e depois de um tempo eu cansei de escutar sobre como o zAyN transa muito, transa pra c***lho e, nossa, como ele é foda por transar muito. #Ai #Zayn

Foi bom enquanto durou

Southerner (2005), do Trent Dabbs. Descobri a música Follow Suit na trilha sonora de Pretty Little Liars, gostei bastante e resolvi escutar o álbum todo. Acho que nosso relacionamento deve ter durado um total de uma semana e meia e aí, nos separamos. Foi bom enquanto durou, sempre me lembrarei de Southerner em dias frios e chuvosos. Ou não.

Bombs Away (2015), do Sheppard, sugerido pelo Spotify. Logo que escutei fiquei empolgadíssima e saí berrando e recomendando pelos quatro cantos da world wide web o quão legal-Geronimo-é-todos-precisam-escutar-Sheppard-é-ótimo-melhor-descoberta-de-2016. Quinze dias depois, nem lembrava mais. A vida tem dessas. 

A descoberta do ano

BØRNS, ou Garret Borns. Até agora não sei direito como me referir a este ser humano musical que adorei conhecer em 2016. Como mais pra frente neste post pretendo falar mais sobre seu álbum de estreia, apenas direi que meu encanto veio das vibes meio Lana Del Rey meets MGMT. E, nossa, OLHA ESSA AESTHETICS.

O reencontro do ano

Claro que este troféu só poderia ser entregue para a minha melhor amiga de infância, Sandy. Acho que não tínhamos contato desde 2013, quando ela lançou o Sim, que eu gostei, mas não vivi intensamente. Contudo, em 2016 ela nos agraciou com Meu Canto, um trabalho ao vivo que reúne trabalhos anteriores de sua carreira e também apresenta faixas inéditas. A sensação de conforto é real e eu só sei sentir. Eu amo a Sandy, gente.

Finalmente entendi o hype

Taylor Swift. 2016 foi o ano em que finalmente entendi do que todo mundo tava falando e finalmente me apaixonei pela Taylor. Agora, já a considero minha melhor amiga famosa e só quero fazer parte do squad dela. Taylor Swift, que pessoa intrigante, que músicas sensacionais. Eu amo a Taylor Swift, gente.

Classicão que só aconteceu na minha vida agora

Com toda a certeza deste mundo, Fleetwood Mac. Eu não faço ideia de quando foi que ouvi falar da banda pela primeira vez, mas faz tempo. Provavelmente, durante minha adolescência bombardeada por informações da MTV. Só que eu simplesmente ignorei a banda até 2016. E não consigo enxergar este fato como nada além de lastimável, porque Fleetwood Mac é bom demais e só me resta lamentar o tempo perdido. O sentimento de arrependimento é tão grande que estou determinada a transformar o Fleetwood Mac na minha banda do ano em 2017, então, por enquanto falarei pouco sobre a maravilhosidade que é o som deles e da minha pequena obsessão pela Stevie Nicks. Me aguardem.

A voz do ano

De acordo com as estatísticas do Last.Fm, a voz solo que mais escutei em 2016 foi a do James Bay e este fato faz muito sentido porque eu realmente escutei muito as músicas dele. E isso deve ter acontecido porque a voz do James é tudo o que eu mais gosto em vocais masculinos: algo meio rouco, mas forte e que consegue oscilar entre a suavidade e a agressividade. Há algo de rockeiro no James Bay e em sua voz e meu coração é muito vendido pra esse tipo de coisa, 'cês me perdoem.

O grupo do ano

One Direction, pois óbvio, pois é claro, pois jamais poderia ser diferente. Louis, Liam, Niall e Harry são os responsáveis por uma parcela considerável da minha sanidade em 2016 e, por isso, serei eternamente grata a esses quatro seres humanos adoráveis. Obrigada por tudo, 1D - you light up my world like nobody else. ❤

***

Bate-bola das músicas

A primeira música do ano (ritual do shuffle): Did I Make The Most of Loving You (Mary-Jess Leaverland)
A música do ano: Craving (James Bay) e/ou New Romantics (Taylor Swift)
As ~good vibes~ do ano: What a Feeling (One Direction), In a Night Like This (Hilary Duff feat. Kendall Shmidt), Touch and Go (Ed Sheeran) e American Money (BØRNS).
Sofrência do ano: All Too Well (Taylor Swift)
Rocks do ano: Gimme Shelter (Rolling Stones), All Along The Watchtower (Jimi Hendrix), Peace of Mind (Boston), Refugee (Tom Petty and the Heartbreakers), Don't Fear The Reaper (Blue Öyster Cult) e Go Your Own Way (Fleetwood Mac)
Grata surpresa do ano: Simple Man (cover do Jensen Ackles)
Chegou no fim do ano, mas ganhou meu coração mesmo assim: Just Hold On (Louis Tomlinson feat. Steve Aoki)
São questões: PILLOWTALK, BeFoUr e dRuNk (claramente do zAyN)

***

Aqueles que voltaram para aquecer e abraçar meu coração

X (Ed Sheeran, 2014). Essa belezinha tá integrando a trilha sonora da minha vida desde que foi lançada. Jamais me canso de Ed Sheeran e, na ausência de álbum novo, tô sempre escutando o X. Só que em 2016 optei pela versão Wembley Edition, que conta com várias faixas bônus. 

Diorama (Silverchair, 2002). Simplesmente porque um belo dia acordei e me lembrei de que era muito doente por Silverchair quando era mais nova e, por isso, decidi escutar o álbum da vida da Michelle de 18 anos. Diorama continua sensacional e falando diretamente com esta que vos escreve. Saudades, Silverchair. Saudades, Daniel Johns do Diorama

The Division Bell (Pink Floyd, 1994). Curiosamente  - e infelizmente, convenhamos -, o Pink Floyd não teve muito espaço para brilhar no meu 2016. Considerando a avalanche de derrotas que foi o fatídico ano passado, até que faz sentido. De qualquer forma, não importa muito porque eu sei que, eventualmente, sempre volto para a banda da minha vida. Pink Floyd é relacionamento longo, sério e que vai durar para sempre. The Division Bell, como já era esperado, continua lindo, emocionante e extremamente relevante. De toda a discografia da banda, este é o álbum que mais me transmite uma sensação de #paz e conforto; é sempre a ele que recorro quando tô lidando com bad e aNsIeDaDe. Obviamente, não poderia ficar de fora do repertório musical de 2016.

Menção honrosa

Cover With Friends
(Jason Manns, 2016)
Com um título autoexplicativo, o álbum reúne alguns covers de músicas bastante conhecidas feitos por Jason Manns e seus amigos. Não vou mentir, não fazia ideia de quem era Jason Manns e só cheguei ao seu álbum por conta de vídeos do YouTube relacionados a Supernatural. Acontece que alguns dos amigos dele que participaram do álbum também fazem parte do elenco da série. Foi uma feliz descoberta que, durante vários dias - principalmente tardes de domingo preguiçosas ,- me fez companhia, aqueceu meu coração e, por isso, merece um espaço nesta retrospectiva.


***

TOP 10: melhores álbuns de 2016

Honeymoon (Lana Del Rey, 2015)
Este foi o disco que mais escutei durante metade do verão 2016, principalmente quando estava na praia. Assim como em seus trabalhos anteriores, aqui Lana evoca aquela atmosfera que remete a décadas passadas, anos 50 ou 60. Contudo, sinto que em Honeymoon, mais do que em qualquer outro álbum da cantora, a vibe queria-estar-morta-mas-já-que-não-estou-vou-curtir-uma-summertime-sadness está muito forte. Não ligo, tem horas que a gente só quer mesmo ficar curtindo uma melancolia durante dias ensolarados e este álbum é a trilha sonora perfeita.

Blue Nighbourhood (Troye Sivan, 2015)
Não vou mentir, queria muito ter escutado mais e amado mais intensamente o trabalho de estreia do Troye Sivan. Juro que não tenho absolutamente nada de negativo para dizer a respeito de Blue Neighbourhood; o álbum é realmente muito bom. Delicinha mesmo de escutar. Daqueles que você aperta o play na primeira faixa e deixa tocar todinho porque todas as músicas são gostosas. Foram muitas as tardes na companhia deste disco, que aqueceu sim meu coração no gelado 2016. É um trabalho que traz melodias que ficam na cabeça, arranjos bonitos e toda uma vibe de urgência da juventude. É exatamente o álbum que eu teria escutado até furar quando tinha 15, 16 anos.
Faixas preferidas: BITE, TALK ME DOWN, YOUTH e LOST BOY.

Dangerous Woman (Ariana Grande, 2016)
Sinceramente, eu não fazia ideia de quem era Ariana Grande na fila do pão até meados de abril de 2016. Claro que não estava vivendo debaixo de uma pedra e, por isso, já tinha escutado o nome da moça, mas era só isso. Aí, numa bela madrugada de aNsIeDaDe e insônia, o YouTube sugeriu o clipe de Dangerous Woman e eu fiquei fascinada pela voz (gente, que voz!), pelo arranjo e pelas vibes ~rockeiras~ da música. Em poucas semanas, o álbum foi lançado e eu vivi toda a empolgação e o hype junto com a galera e foi ótimo. O que mais me surpreendeu no Dangerous Woman é que eu ainda estava escutando suas músicas em novembro e achando tão deliciosas quanto da primeira vez. A atmosfera geral do álbum é essa do título mesmo:  Ariana poderosa, perigosa, mulherão, etc.
Faixas preferidas: Dangerous Woman, Into You, Side To Side, Greeeeeeedy (pois óbvio), Leave Me Lonely e Touch It.


Breathe In. Breathe Out. (Hilary Duff, 2015)
Se Sandy é minha melhor amiga da infância, Hilary é minha melhor amiga da pré-adolescência. De forma que toda e qualquer coisa que ela lança rapidamente ganha o meu interesse. E, céus, como ela demora para lançar as coisas. Acho que foram uns três anos até que todos nós pudéssemos escutar seu comeback depois de sete/oito anos afastada da música. E, olha, que delicinha de álbum pop e que pena que foi um super flop. Quanto à temática, acho que dá pra resumir em dois assuntos: fim de relacionamento e sentimentos em relação ao novo crush. Já a sonoridade geral é de pop dançante e bem condizente com o que a gente escuta no rádio atualmente. Não chega a ser um álbum super original - analisando friamente, pode ser considerado um pouco genérico -, mas isso não quer dizer que não seja bom. Com certeza, é o melhor trabalho da carreira musical da Hilary e, sinceramente, acho que ele merecia mais - tanto dela, quanto dos fãs.
Faixas preferidas: My Kind, Breathe In. Breathe Out., Tattoo (Ed Sheeran sendo Ed Sheeran mesmo quando não tá cantando), Night Like This e Belong.

E.MO.TION (Carly Rae Jepsen, 2015)
Pelo amor de Deus, alguém me explica por que raios a Carly Rae Jepsen é tão subestimada? Ela lançou um dos melhores trabalhos pop de 2015 e quase ninguém comenta. Pensem em um álbum pop com vibes anos 80, com hits dançantes e refrões chicletosos, deliciosamente viciantes e que te deixam com vontade de dançar. Então, esse é o E.MO.TION. Não tem absolutamente nenhuma - repito: nenhuma! - faixa ruim. Assim como o trabalho do Troye Sivan, o álbum da Carly Rae é para dar play na primeira música e escutar inteirinho, deixando que os sentimentos sejam os únicos fatos. O que mais me encanta neste disco é que eu tenho certeza absoluta de que daqui a uns cinco anos eu ainda estarei escutando e achando maravilhoso. Por favor, valorizem mais a menina Carly Rae e prestigiem seu trabalho. Ela merece e vocês, com certeza, também merecem atingir a graça que essa obra-prima pop vai proporcionar.
Faixas preferidas: I Really Like You, Making The Most Of The Night, Your Type, I Didn't Just Come Here To Dance, Favorite Colour - na real, essas são apenas sugestões para o caso de você não ter muita ideia de por onde começar, porque todas - repito: todas! - as faixas são boas e favoritas.
Comentário digno de nota: Carly Rae é tão amor que, em 2016, lançou o Side B, que nada mais é que uma segunda parte do E.MO.TION. Ou seja, estamos falando de um álbum duplo. Não consegui prestigiar direito as músicas mais recentes, mas 2017 está aí para isso.

Tango In The Night (Fleetwood Mac, 1987)
Como foi mencionado previamente, o Fleetwood Mac só aconteceu em minha vida em 2016 e, apesar de ter sido por conta de Go Your Own Way (Rumors, 1977), Tango In The Night foi o primeiro álbum da banda que ganhou meu coração. Não confirmo e nem nego a responsabilidade da belíssima arte da capa. Não sei explicar muito bem o que me fez gostar deste álbum, mas acho que é toda a sonoridade dos anos 80, os efeitos, os refrões gostosinhos e a atmosfera geral do disco, que me deixa meio nostálgica por um tempo que não vivi. O fato é que essa belezinha - que vai ganhar edição especial em 2017, OBRIGADA DEUS! - chegou em minha vida naquele ponto do ano em que eu já não aguentava mais e trouxe um certo frescor, uma nova vontade de viver e, sei lá, restaurou a minha fé nas coisas boas da vida (sou dessas, me deixem).
Faixas preferidas: Big Love, Caroline, Tango In The Night, Little Lies e Isn't It Midnight (gente, pelo amor de Deus, escutem o solo de guitarra no final dessa música).


Dopamine
(BØRNS, 2015)
Era uma tarde fria e chuvosa de agosto quando o Spotify, por meio de suas Descobertas da Semana, começou a tocar The Emotion. O sentimento de amor à primeira escutada foi tão instantâneo, que larguei a playlist e fui direto para o álbum de capa esquisita, com um sujeito também meio esquisito enquadrado por pernas femininas. O disco, meus caros, é essa preciosidade chamada Dopamine, que, fiel ao seu nome, tem como função primordial proporcionar sensações boas e alegrinhas para aquele que o escuta. Mais good vibes, impossível; meu humor naquele dia tenebroso melhorou 100%. Ainda quero escrever um post faixa-a-faixa para fazer justiça à este trabalho maravilhoso do Garret Borns, mas enquanto esse dia não chega, digo que o que mais me encantou, além das sensações positivas, foi a mistura de efeitos sonoros ~modernos~, letras deliciosamente catchy e a atmosfera free spirit dos anos 60. Se discos fossem bebês, o Dopamine seria a cria de Born To Die - Paradise Edition (Lana Del Rey, 2012) e Oracular Spectacular (MGMT, 2007).
Faixas preferidas: 10.000 Emerald Pools, Electric Love, American Money, The Emotion e Overnight Sensation - aqui, as faixas também funcionam apenas como sugestões para o caso de você precisar de um guia, porque tudo no álbum é muito bom.

Chaos And The Calm (James Bay, 2015)
Como já sabemos, James Bay foi a principal voz do meu ano e realmente não me surpreendo, porque, como disse, seu timbre tem tudo para me fazer ficar apaixonadinha. Mas meu amor por seu álbum de estreia vai além, pois se eu tivesse que escolher um título para me definir em 2016, seria Chaos And The Calm. Toda essa coisa contraditória da calmaria acompanhada do caos tem tudo a ver com as sensações e a aNsIeDaDe com que precisei lidar em 2016 e também com tudo o que significa chegar nessa fase dos vinte e poucos e ainda se sentir meio perdido, sem muita ideia do que estamos fazendo. De se sentir seguro de si, de saber o que quer, de buscar algo que possa sentir e, ainda assim, estar tentando se encontrar. Fiz um post inteirinho dedicado a este álbum e, por isso, vou parar por aqui. Mas, nossa, como amo esse disco.❤
Faixas preferidas: Craving, Let It Go, Scars e Need The Sun To Break. Da versão deluxe, fico com Clocks Go Forward e Stealing Cars.

1989 (Taylor Swift, 2014)
Se é preciso atribuir alguma responsabilidade pelo meu atual amor incondicional por Tay-Tay, a concedo ao 1989, porque foi a partir dele que me entreguei de corpo-alma-e-coração à toda a discografia da minha melhor amiga famosa. Sim, este é o trabalho mais diferente da carreira da Taylor até então e, com certeza, é o mais ousado. Em sua estreia como cantora pop, Taylor conseguiu não apenas entregar de forma absurdamente louvável aquilo que é esperado de um álbum do gênero - melodias gostosinhas, refrões grudentos, efeitos eletrônicos, etc. -, mas também transportar para a sua nova fase aquilo que há de melhor em seu trabalho no country: sua vulnerabilidade ao tratar de assuntos e sentimentos tão pessoais e transformá-los em algo extremamente identificável e universal. De uma forma geral, adoro como ela fala de sentimentos (que são sempre os únicos fatos), corações partidos e anseios. Mas, quando falo do 1989, gosto ainda mais porque aqui Taylor é vulnerável, mas também é dona de si, poderosa, forte. É uma Taylor que cansou de sofrer, colocou seu coração partido em uma gaveta, subiu no salto e foi pra Nova Iorque conquistar o mundo, curtir sua juventude com  as amigas e ser feliz. É uma Taylor livre e, como sabemos, as melhores pessoas são livres.
Faixas preferidas: Welcome To New York, Blank Space, Style, Out Of The Woods, Shake It Off, I Wish You Would, Bad Blood, Wonderland e New Romantics. Ou seja, praticamente todas (risos).

O melhor, o maior, o mais importante disco do ano

Made In The A.M. (One Direction, 2015)
Pois óbvio, pois é claro, pois jamais poderia ser diferente [2]. Responsável por ser o pontapé inicial da minha história de amor com Louis, Liam, Niall e Harry, Made In The A.M. é tão absolutamente sensacional que, depois de quase um ano escutando, eu ainda continuo achando tudo tão lindo e maravilhoso quanto da primeira vez. Adoro o fato de que tudo soa meio familiar, mas ao mesmo tempo novo - em ambos os casos, tanto por buscar referências em outras bandas que fizeram história, quanto por soar exatamente como o One Direction (ainda que com um integrante a menos, que, convenhamos, fez bem em sair). Depois de passar o ano de 2016 contemplando toda a discografia dos meninos (risos), pude perceber que o quinto álbum é, de fato, aquele em que eles mostram mais maturidade, seja porque se envolveram mais na produção ou por conta das letras um pouco mais ~sérias~ e de acordo com a fase da vida que estão vivendo, com todas as descobertas, desilusões e conquistas. É também um álbum de despedida, seja ela temporária ou não, e, por isso, celebra tudo o que o One Direction foi até então para os fãs e para os integrantes. É o One Direction em sua melhor forma até o momento.
Faixas preferidas: TODAS. Não dá nem pra sugerir algumas para quem quer começar, tem que escutar tudinho, do começo ao fim, e deixar que os sentimentos sejam sempre os únicos fatos

6 de janeiro de 2017

summer vibes: uma playlist para curtir dias de sol e mar



#01 10,000 Emerald Pools (BORNS)
#02 Kids (MGMT)
#03 Electric Feel (MGMT)
#04 American Money (BORNS)
#05 Gods & Monsters (Lana Del Rey)
#06 Music To Watch Boys To (Lana Del Rey)
#07 Summertime Sadness (Lana Del Rey)
#08 I Turn My Camera On (Rock Kills Kid)
#09 Forever Young (Youth Group)
#10 Honey And The Moon (Joseph Arthur)
#11 Clean (Pete Yorn, Scarlett Johansson)
#12 Landslide (Robyn Sherwell)
#13 Dice (Finlay Quaye, William Orbit)
#14 California - Tchad Blake Remix (Phanton Planet)
#15 Fireproof (One Direction)
#16 Night Like This (Hilary Duff, Kendall Schmidt)
#17 Love on the Weekend (John Mayer)
#18 Assassin (John Mayer)
#19 Touch and Go (Ed Sheeran)
#20 Don't Kill The Magic (MAGIC!)
#21 I Don't Wanna Live Forever (ZAYN, Taylor Swift)
#22 Sorry (Justin Bieber)
#23 Just Hold On (Steve Aoki, Louis Tomlinson)
#24 Side To Side (Ariana Grande, Nicki Minaj)
#25 Bibia Be Ye Ye (Ed Sheeran)
#26 Barcelona (Ed Sheeran)
#27 Shape of You (Ed Sheeran)
#28 Rude (Ed Sheeran)
#29 Vamos Fugir (Skank)
#30 Road Trippin' (Red Hot Chilli Peppers)
#31 Tell Me Baby (Red Hot Chilli Peppers)
#32 Snow (Hey Oh) (Red Hot Chilli Peppers)
#33 Down Under (Man At Work)
#34 What a Feeling (One Direction)

4 de janeiro de 2017

As Leituras de 2016 | RETROSPECTIVA 2016


Senhoras e senhores, é com muito orgulho que lhes apresento a primeira edição das premiações e retrospectivas do blog! Por aqui, a award season será dividida em etapas e hoje falarei sobre os livros que marcaram o ano de 2016. Devo ter comentado por algum lugar da internet que 2016 foi um ano meio sem graça para as mim no departamento das leituras. E foi mesmo. Foram poucas as leituras que detestei, mas também não foram muitas as que amei de verdade. De modo geral, o que predominou foi aquela coisa morna e mediana; nada empolgante o suficiente para sair berrando pelos quatro cantos do mundo na tentativa de convencer toda a humanidade a ler os livros. Foi um ano desnutrido e pensei que fosse definhar em meio a tanto marasmo. 

Hiperbolismos à parte, tentei, na medida do possível, respeitar meu momento e só li quando estava genuinamente interessada na atividade. Contudo, foi difícil me manter esperançosa depois de tanto livro mais ou menos. Ainda assim, depois de tanto 7x1, 2016 resolveu ser um pouco gentil e começou a me agraciar com algumas leituras bem divertidas, de modo que cheguei ao fim do ano concluindo uma das minhas leituras favoritas! 

Lidos em 2016

O maior livro 
Os bons segredos, com 408 páginas

O menor livro 
Distância de resgate, com 144 páginas

Aquele que não rolou:
Inferno (Dan Brown), que também não rolou em 2015. Resolvi dar uma segunda chance, mas desisti pouco antes da metade pois 1) não comprei a ~causa~, 2) estava achando muito enfadonho, 3) a escrita não estava me agradando e 4) tudo me pareceu absurdo demais - até para os padrões do Robert Langdon. Acho que não sou mais o público dos livros do autor e tá tudo bem, foi bom enquanto durou, vida que segue, tem outros livros

Não sei direito o que achei:
O fim da eternidade (Isaac Asimov). Foi o meu primeiro contato com Isaac Asimov e me arrependo um pouco da escolha. O livro, ambientado no futuro, tem uma atmosfera de mistério e vai tratar de viagem no tempo e também de realidades alternativas, de um jeito que me lembrou muito Fringe. A premissa e os conceitos são realmente muito bons, mas me incomodei com a escrita seca e desprovida de emoção do Asimov. Os personagens são muito superficiais e, realmente, prefiro nem comentar sobre a personagem feminina, já que relevei este aspecto por levar em consideração o contexto em que o livro foi publicado. Enfim, senti dificuldade para imergir na história e, por isso, rolou um estranhamento.

Agnes Grey (Anne Brontë). Talvez o momento tenha sido ruim, talvez o livro não seja tão bom ou talvez eu tenha criado expectativas. São questões. O fato é que eu tinha muita curiosidade em conhecer o trabalho de Anne Brontë e me incomodei muitíssimo com a postura hipócrita e pedante da protagonista, que é tida como o exemplo da perfeição, mas que só faz criticar tudo e a todos ao seu redor, julgando-se superior. Não seria um problema se parecesse que autora estava fazendo uma crítica, mas não acho que seja o caso.

Esperava mais:
Miniaturista. Confesso que durante toda a leitura o que mais senti foi high hopes, porque achei que iria gostar. Comecei a ler muito intrigada e interessada pelo desenrolar dos fatos, mas lá pela metade - talvez antes -, comecei a sentir que o livro seguiria por um rumo bem diferente do que eu havia imaginado no início. Basicamente, achei que seria um livro de fantasia e o que encontrei foi um dramalhão histórico com elementos de fantasia no qual nenhum dos aspectos introduzidos é bem desenvolvido, de forma que cheguei ao final da leitura sem saber o que pensar. E, nesse caso, não é um elogio. O livro até traz algumas questões interessantes e que dialogam com a sociedade atual, mas não é o suficiente para livrá-lo da minha frustração.

Senhor das moscas. Vejam bem, eu gostei muito de ter lido Senhor das moscas. É um livro riquíssimo e que me fez pensar em muitas, mas muitas coisas mesmo, sobre o ser humano, sobre o papel que a sociedade desempenha no ~controle~ de nossos instintos e sobre a natureza humana. Contudo, é um livro que eu gostei de analisar e não necessariamente de ler. Não achei a narrativa do William Golding particularmente envolvente; ela não me chamava e eu poderia ficar dias sem pegar no livro e não sentiria falta. Também não estabeleci nenhum vínculo com os personagens (ok, talvez o Simon seja a exceção, pois gostei dele). Sei lá, foi um livro que gostei, mas esperava mais. Contudo, recomendo que leiam sim, por favor.

A ilha das sete luas. Aqui temos um caso em que a encomenda saiu melhor, pois que livro péssimo, meus caros. O livro começa bem intrigante, com uma estrutura que reúne contos que ocorrem em diferentes épocas, porém  no mesmo lugar, e que parecem estar ligados, além de trazer uns elementos de fantasia e sobrenatural. Lembro de ter ficado uns dois dias bem obcecada pela leitura, porque como é que uma premissa tão ótima poderia dar errado? Pois é, deu muito errado. 

A guerra dos mundos. Em defesa do livro, digo que com certeza teria gostado se tivesse lido no século XIX, quando foi pulicado. A história de H.G. Wells é, provavelmente, a primeira sobre a invasão do nosso planeta por alienígenas. A leitura levantou algumas reflexões interessantes, porém nada inéditas para mim. Não gostei da narrativa extremamente descritiva e do ritmo absurdamente lento para uma história cheia de ação e correria. Vejam bem, faz todo o sentido que o livro seja estruturado da forma como foi para o leitor de 1898. Contudo, aos olhos atuais, achei bem enfadonho. Mas, sei lá, acho que é interessante para quem gosta de ler clássicos/clássicos da ficção científica.


Os piores do ano:

A Sereia (Kiera Cass), pois é simplesmente horrível. 

Os bons segredos (Sarah Dessen). Não vou me alongar, apenas direi que esperei ansiosamente por alguma reviravolta que justificasse o número exorbitante de páginas, mas isso nunca aconteceu, de forma que até agora não compreendi o porquê de Sarah Dessen ser considerada rainha do YA contemporâneo.  Dez meses depois, não lembro nem sobre o que é a história.

Um passado sombrio (Peter Straub).Tão ruim que não me lembro mais! Não costumo ler livros de terror porque, sinceramente, nunca tive o interesse em ler histórias do gênero. Mas em 2016 resolvi arriscar e confiar em uma recomendação do Stephen King. O livro tem uma estrutura não linear que funciona para criar suspense, que é um elemento importante para a história. Só que o autor enrola tanto para chegar a algum lugar, que a narrativa fica chata e prolixa e, sinceramente, me fez perder o interesse. O final foi péssimo, não valeu a pena o esforço e gostaria de ter abandonado. Não recomendo.

***

Bate-bola de personagens

Personagem masculino mais apaixonante: Luke Skywalker, de Star Wars - Herdeiro do Jedi (Kevin Hearne)

Personagem feminina que queria ser: Amani Al'Hiza, de A rebelde do deserto (Alwyn Hamilton), porque a achei interessante, meio ~mística~, forte e, de forma geral, badass. Também não me importaria de ser a Nakari Kelen, de Star Wars: Herdeiro do Jedi, pois adoraria muitíssimo viver altas aventuras no espaço e combater o Império ao lado do Luke.

Personagem mais chato: são tantos, mas irei me ater ao ~guru espiritual~ de Um passado sombrio, cujo nome já não me recordo. Odiei o livro.

Personagem mais identificável: Cath, de Fangirl (Rainbow Rowell)

Achei que ia detestar, mas adorei:
A rebelde do deserto (Alwin Hamilton). Não costumo gostar de séries YA de fantasia, porém como lidava com a ressaca, me dispus a encarar qualquer coisa que me interessasse e me mantivesse presa às páginas. Por ser apenas a introdução de uma história, alguns elementos não são muito explorados. Ainda assim, gostei bastante dos personagens e do universo que a autora criou. A sequência, que será publicada no primeiro semestre deste ano, é muitíssimo aguardada por mim.

As crônicas de amor e ódio (Mary E. Pearson). Apesar do título tosco em português, gostei muito dos dois volumes da trilogia. O universo criado pela autora é bem construído, os personagens principais são bem desenvolvidos e a forma como a história é conduzida é bem envolvente. Gostei mais do primeiro do que do segundo, que achei meio lento no início, mas a história como um todo foi uma das melhores que li em 2016 e já quero o último livro. Acho interessante mencionar que os dois livros têm mais ou menos 400 páginas cada um e o fato de ter conseguido lê-los de forma contínua por dias foi bem louvável.

O mais diferente:
Distância de resgate, pois estou até agora sem saber muito bem como assimilar a história. O livro relaciona agrotóxicos com drama familiar (eu juro que faz sentido) de um jeito emocionante e que, ao mesmo tempo, dá medo. Tão assustador e envolvente, que virei a noite lendo porque não conseguia largar. A forma como tudo é contado é tão intrigante que logo na primeira página já me senti fisgada.



Os melhores do ano:


Fangirl (Rainbow Rowell). Falei tudo o que pensei e senti sobre o livro neste post, mas resumindo: me senti abraçada e compreendida e meu coração se aqueceu. Os sentimentos, meus caros, são os únicos fatos.

Norwegian Wood (Haruki Murakami)Uma mistura de coming of age e soco no estômago escrita de forma muito bonita e que me fez desejar ler tudo o que o Murakami já escreveu. É uma leitura melancólica e angustiante, total ~bad vibes~. Ainda que tenha me incomodado um pouco com a quantidade de ~sexo aleatório e sem propósito algum~ e com a forma como o autor construiu e apresentou as personagens femininas, gostei da história e das reflexões que fiz enquanto lia.

Em algum lugar nas estrelas (Clare Vanderpool). O livro mistura aqueles que, provavelmente, são os elementos que mais gosto em histórias: amizade, aventura e uma ~missão~. Se tiver cara de filme da Sessão da Tarde e crianças como protagonistas, melhor ainda. Tudo, absolutamente tudo, nessa leitura me fascinou. Gostei da narrativa, das metáforas, das histórias paralelas, dos plot twists, dos elementos de fantasia (?), do desenvolvimento dos personagens, das referências culturais, tudo. Livro amorzinho e que aquece o coração. 

Confissões do crematório (Caitlin Doughty). Também conhecido como um dos livros que mais me incomodou e me fascinou no ano de 2016. E possivelmente em toda a minha vida. Acompanhar as aventuras e desventuras de Caitlin Doughty quando trabalhava em uma agência funerária foi um prazer, mas também foi um tormento. É um livro interessante e que parte da premissa de que nossa sociedade vive em negação da morte e, por isso, a esconde. Contudo, a morte é a única certeza que temos na vida desde o instante em que nascemos e, por isso, deveria ser mais abordada. Assim, o que a autora tenta fazer é desmistificar o assunto e, para isso, relata suas experiências como operadora dos fornos de um crematório. Ela também fala sobre como a morte é/era encarada por diferentes culturas ao longo dos séculos e abriu os meus olhos para a chamada indústria da morte. Achei algumas descrições, como o que acontece com os corpos quando estão dentro dos fornos ou o processo de embalsamamento, um tanto gráficas e, por isso, senti desconforto. Mas acho que essa era justamente a intenção da autora. Leiam, por favor.

Star Wars: Herdeiro do Jedi (Kevin Hearne). Terminar o ano com essa leitura foi tudo o que eu precisava para me despedir de 2016 com uma nova esperança (ba-dum-dum-tss). Quer dizer, jovem Luke Skywalker em uma missão para a Aliança Rebelde, lutando contra o Império, sem saber muito bem o que será de sua vida, tentando compreender a Força e flertando de forma assustadoramente ruim. COMO NÃO AMAR? Eu nasci para ler esse livro e é pra esse tipo de coisa que eu vivo. Adorei muitíssimo a forma como Kevin Hearne deu voz ao Luke, que é o narrador, sem descaracterizar o personagem já conhecido por todos nós. Por mais que eu ame o Luke-Jedi, não consegui não sorrir ao me lembrar do Luke moleque deslumbrado que só quer ser piloto da Aliança Rebelde e entender como seu pai ~morreu~. Ele é adorável. ❤ 

Além disso, a história é realmente boa. É uma aventura, cheia de ~cenas de ação~ no espaço, com armas de laser, naves espaciais, ameaças imperiais, aquela sensação de não saber em quem confiar porque tá rolando uma guerra, luas exóticas habitadas por seres perigosos, planetas e espécies diferentes, uma coadjuvante incrivelmente badass, R2-D2, sabre de luz, a Força...sério, esse livro! No momento, só torço para que Kevin Hearne continue escrevendo mais histórias com o Luke. E, claro, fiquei curiosa para ler outros livros do universo de Star Wars.