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30 de dezembro de 2020

Retrospectiva Musical 2020

Antes de começar a distribuição dos troféus, é sempre bom lembrar que: 

  1. Não escutei todos os lançamentos de 2020.
  2. O post é sobre o que escutei em 2020 e, por isso, a retrospectiva irá incluir coisas que não foram lançadas durante o ano.
  3. Mais uma vez, as categorias estão um pouco diferentes das edições anteriores. Algumas sumiram, outras surgiram e algumas foram modificadas.
Agora podemos prosseguir com a premiação. 


Escutei pouco, mas gostei e deveria ter prestigiado mais em 2020: D-2 (Suga), Women in Music Pt. 3 (HAIM), Confetti (Little Mix), Wonder (Shawn Mendes)
Achei que ia amar, mas foi só ok: Chromatica (Lady Gaga)
Foi bom enquanto durou: Imploding The Mirage (The Killers)


O orgulhinho do ano: ENHYPEN
O reencontro do ano: Miley Cyrus
Finalmente entendi o hype: o K-Pop
As vozes do ano: Taylor Swift e G-Dragon
O grupo do ano: BTS


Bate - bola das músicas

A primeira música do ano (ritual do shuffle): God Was Never on Your Side (Motörhead)
A música do ano: ON (BTS)
As good vibes do ano: Dynamite (BTS), Chew On My Heart (James Bay), In Your Eyes (The Weeknd), Lovesick Girls (BLACKPINK), Love Again (Dua Lipa)
As músicas roqueiras do ano: Midnight Sky (Miley Cyrus), 3am (Halsey)
Os feats. do ano: exile (Taylor Swift & Bon Iver), no body, no crime (Taylor Swift & HAIM), Black Rose (Taemin & Kid Milli), Mood (24kGoldn & iann dior), Night Crawling (Miley Cyrus & Billy Idol) 
Grata surpresa: Geronimo (The Soundflowers), Swimming In The Stars (Britney Spears), Show Them The Way (Stevie Nicks)
Troféu Taylor Swift 2020: my tears ricochet
Músicas que não são de 2020, mas que amei conhecer esse ano: Untitled, 2014 (G-Dragon), Sherlock (SHINee), Blood Sweat & Tears (BTS), One Shot (B.A.P.), PAGE (GOT7)


Aquele que voltou para aquecer o meu coração:
Fine Line (Harry Styles, 2019),

Os mini álbuns/EPs que amei ouvir em 2020: DYE (GOT7), The Dream Chapter: Eternity (TXT), The Soundflowers (The Soundflowers), minisode1: Blue Hour (TXT), BORDER: DAY ONE (ENHYPEN)

Os álbuns e EPs que não foram lançados em 2020, mas que conheci e ouvi bastante esse ano: Coup d'Etat (G-Dragon, 2013), One Shot (B.A.P., 2013), Dark & Wild (BTS, 2014), MADE (BIGBANG, 2017), Kwon Ji Yong (G-Dragon, 2017), Hope World (J-Hope, 2018)


O álbum que não foi lançado em 2020, mas ouvi muito durante o ano
e virou favorito da vida: Love Yourself: Answer (BTS, 2018)

Menções honrosas: THE ALBUM (BLACKPINK), wilted (Paris Jackson), evermore (Taylor Swift)

TOP 10 melhores álbuns de 2020

10º Heartbreak Weather (Niall Horan)
Kid Krow (Conan Gray)
Manic (Halsey)
BE (BTS)
Plastic Hearts (Miley Cyrus)
Future Nostalgia (Dua Lipa)
Map of the Soul: 7 (BTS) 
Never Gonna Dance Again: Act 1 & Act 2 - The 3rd Album (Taemin)
After Hours (The Weeknd)
folklore (Taylor Swift)


19 de dezembro de 2020

As músicas que (talvez) mais ouvi em 2020


Chegou o dia de seguir com a tradição (?) de compartilhar as músicas que mais ouvi durante o ano. Como nos anos anteriores, a lista de hoje não é 100% exata, até porque em 2020 até o LAST.FM me decepcionou, já que parou de fazer scrobbler por uns meses. Mais uma vez, vou seguir a minha regra de não colocar mais de uma música do mesmo artista; e como esse ano ouvi muitos grupos com artistas que também lançam trabalhos solo, optei por aplicar essa mesma regra, então se o grupo aparece na lista, o trabalho solo fica de fora ou vice-versa. E, mais uma vez, não vale repetir músicas que já apareceram nas listas dos anos anteriores. Agora, sem mais enrolação, vamos às músicas que mais ouvi em 2020!

No ano em que comecei a ouvir BTS, nada mais correto que a música que eu mais ouvi tenha sido a primeira que conheci e a minha favorita do grupo. De acordo com o LAST.FM, ouvi 77 vezes, mas eu sei que é muito mais que isso, já que também ouvi muito a versão rock. De qualquer forma, FAKE LOVE é a melhor-música-perfeita-sem-defeitos-nunca-errou, obrigada pelos mimos, Kim Namjoon e demais envolvidos.

No ano em que comecei a ouvir k-pop, nada mais correto que uma das músicas mais ouvidas seja justamente uma daquele que é considerado o rei. Como eu sou muito vendida pra essas músicas que são meio flerte e amor bandido (acho que é isso, não li a tradução), obviamente que amei essa aqui e é óbvio que ouvi até não aguentar mais. Inclusive, saudades desses tipos de feat na música pop. 

A MELHOR MÚSICA DO FOLKLORE. Uma das melhores da Taylor, uma das minhas favoritas. Eu amo essa música, ouço sempre e vou amar para sempre.

Essa música é um HINO. Não dá pra ouvir apenas uma vez e logo que a conheci, devo ter deixado tocar em loop por várias horas. E com o clipe e/ou performances ao vivo ela fica ainda melhor. Uma das melhores descobertas musicais que fiz em 2020. 

Depois de me apaixonar pelo BTS, é óbvio que eu iria me apaixonar também pelo boygroup irmãozinho. E o TXT nem precisou se esforçar porque é necessário ser muito insensível pra assistir ao vídeo de CROWN e não achar adorável. No mais, a música é pop perfection, eu a AMO DEMAIS e é por isso que ouvi exaustivamente.

A música que me fez entender que boyband boa pode cantar em qualquer língua e vai continuar sendo boa. Adoro absolutamente tudo nessa música e a letra fazendo referência a Romeu e Julieta só deixa tudo melhor.

MUSICÃO. Nada mais a declarar além de: essa é uma das melhores músicas que Abel Tesfaye já fez. Ouçam The Weeknd. Ouçam o After Hours. Ouçam Faith. E ignorem o Grammy.

Nos primeiros meses de 2020 - uma época que até parece 2019 -, ouvi demais o disco do Conan Gray e antes disso, ouvi demais essa música antes do disco ser lançado. Hoje já não aguento mais, mas sempre vou lembrar dela com carinho. É uma ótima música, daquelas que grudam na cabeça e a gente fica cantando sem parar.

A MELHOR MÚSICA DO FUTURE NOSTALGIA. Letra boa, batida boa, vibe boa. Tudo nessa música é da melhor qualidade. E acho que vai envelhecer muito bem.

Saiu no final do ano passado, mas eu me acabei de ouvir em 2020 e até hoje não me cansei. É a minha música favorita do Harry e definitivamente uma das melhores dele.

***

Menção honrosa: 
Porque não é todo dia que a gente ganha um remix com a participação da Stevie Nicks. Obrigada à todos os envolvidos.

13 de dezembro de 2020

Sobre reler O morro dos ventos uivantes | Diário de Leitura #02

No início do ano, reli um dos meus livros favoritos: O morro dos ventos uivantes, de Emily Brontë. Foi uma releitura que aconteceu sem nenhum planejamento, estava no litoral, o calor era o típico do verão, os dias estavam ensolarados e o céu era de um azul vivo. De forma alguma descreveria o momento como o ideal para mergulhar em um clássico vitoriano, mas acho que essa imprevisibilidade foi o que tornou a experiência ainda melhor. Lembro que havia concluído a releitura de Harry Potter e a Câmara Secreta e, sem saber qual livro começar, decidi ler apenas os primeiros capítulos da obra de Emily Brontë na edição da L&PM disponível no catálogo do Kindle Unlimited. "Ah, quero só me lembrar de como a história começa", eu disse iludida e horas depois já estava completamente mergulhada mais uma vez nos tormentos de Cathy e Heathcliff.

A releitura aconteceu entre os dias 7 e 25 de janeiro de 2020. 

Ao mesmo tempo em que a releitura me trouxe familiaridade, a história me parecia completamente diferente. Pude enxergar novas camadas, assim como a complexidade de seus personagens. Um dos pontos que achei mais interessantes e que não havia notado na primeira leitura é como a autora parece espelhar alguns deles (Heathcliff e Hareton, por exemplo) e como a história traz um aspecto meio cíclico, como se tudo formasse um círculo e se amarrasse no final. Também prestei mais atenção ao fato de que aqui também temos um caso de um relato de um relato, o que me fez questionar o tempo todo se as coisas eram exatamente como os narradores contavam. Essa estrutura me lembrou bastante a de Frankenstein, de Mary Shelley, mas também enxerguei outros pontos de semelhança em ambos os romances: a natureza parece refletir o humor dos personagens e em alguns momentos parece se tornar um personagem também; os personagens são todos dúbios, têm atitudes questionáveis e, em alguns casos, buscam algum tipo de vingança ou redenção. Há também o fato de que são poucas as pessoas em ambas as histórias que conseguem ganhar a simpatia do leitor. Tanto Emily Brontë quanto Mary Shelley criaram personagens detestáveis e, consequentemente, bastante humanos.

Um dos meus maiores receios antes de iniciar essa releitura era o de problematizar Heathcliff até chegar ao ponto de odiá-lo e parar de considerá-lo um dos meus personagens favoritos da literatura. Felizmente, nada disso aconteceu e acho que o amo mais enquanto personagem agora, mais de dez anos depois, do que quando eu tinha 18 anos. Acho que dessa vez, ainda que eu questionasse ainda mais as suas atitudes, consegui enxergá-lo de uma forma mais humana e, talvez por isso, senti o seu sofrimento e percebi o quanto ele está atormentado. Já em relação a Cathy, não sei dizer se avancei muito em sua compreensão. Claro que dez anos depois, consigo enxergar melhor as dificuldades de ser uma mulher no século XIX - infelizmente, algumas não se limitaram apenas à Inglaterra ou àquele período - e, dessa forma, também posso entender as motivações por trás de algumas de suas escolhas. Ainda assim, cheguei ao final da releitura sem a certeza de que havia de fato entendido quem é Catherine Earnshaw. Mas, talvez, seja exatamente essa a intenção da autora. Como concluí a releitura já sabendo que a experiência não demoraria a se repetir, da próxima vez que eu visitar O morro dos ventos uivantes, vou prestar ainda mais atenção nesse ponto.